02/02/2005

As primeiras árvores classificadas no Porto

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As primeiras classificações de árvores de interesse público ocorreram em 1939: catorze em todo o país, das quais três na cidade do Porto, tendo sido estas últimas por proposta do professor Américo Pires de Lima (então director do Departamento de Botânica "Dr. Gonçalo Sampaio").
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Destas três árvores monumentais portuenses classificadas em 1939, apenas sobrevive um enorme tulipeiro (Liriondendron tulipifera), actualmente em pleno recreio da Escola E.B.1 nº 47 -João de Deus (na rua de João de Deus, transversal de Pedro Hispano). Com a provecta idade de 300 anos e apesar de podada violentamente, a árvore floresce todos os anos, marcando o ponto impreterivelmente com as suas flores em forma de túlipa, razão de ser do seu nome vulgar.
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Para além deste tulipeiro, foram então igualmente classificados o velho ulmeiro da Cordoaria, impropriamente apelidado de Árvore da Forca, e o não menos antigo pinheiro manso do "Pinheiro Manso". Este último pouco tempo sobreviveu à classificação pois foi derrubado pelos ventos do ciclone de 1941; o ulmeiro aguentou-se já muito diminuído até 1986.

Tulipeiro da Casa Tait

Fotos: mdlramos 04
Em 1951, foi classificado o magnífico tulipeiro da chamada casa Tait, na rua de Entre-Quintas, (propriedade pertença desde 1978 da Câmara Municipal do Porto). O tronco mede cerca de 8, 50 m. de perímetro à altura do peito (ver foto em artigo no Naturlink) e a sua bela ramagem ergue-se a mais de 25 metros de altura, bem acima das casas e do restante arvoredo do jardim.

A concluir esta curta lista temos duas japoneiras de um jardim privado na freguesia de Paranhos, classificadas em 1992 por iniciativa da proprietária.

A foto destas últimas árvores assim como os três mapas que reproduzimos encontram-se na publicação Árvores isoladas, maciços e alamedas de Interesse Público Instituto Florestal (1995), que pode ser encomendada na Biblioteca da Direcção Geral dos Recursos Florestais.

Ver: Árvores classificadas no Porto em 2005

1 comentário :

Anónimo disse...

Realmente é incrível que na segunda cidade do País com o património arbóreo que tem, não tenha havido mais árvores classificadas! E que as que foram classificadas, não estejam devidamente assinaladas! Pelo menos os tulipeiros. Na escola saberão as crianças que aquela árvore é especial? Eu já fui ao jardim da casa Tait e nunca reparei que lá houvesse nenhuma indicação sobre aquela árvore monumento e a sua história: quem a mandou classificar, quando, como se chama, etc..Lamentável. J.L.