18/03/2005

Que grandes podas!

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O dia até tinha começado bem, com uma certa qualidade... mas imagens como as que LFV publicou no Cabo Raso dão-me a volta à boa disposição e começo logo a trocar os pês pelos éfes.
Haveria mesmo necessidade de podar deste modo as tílias da Praça da República?

Já uma vez publicámos fotografias de tílias podadas e não podadas em Lamego em que se via a diferença; bem sei que nas da Praça da República a poda não foi tão radical, mas volto a repetir: haveria mesmo necessidade de as decotar assim?!
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5 comentários :

Anónimo disse...

eu não sou nenhum especialista em podas embora fique com a ideia que muitas vezes se exagera nas "tosquias", no entanto o que me parece, e acho que é positivo, é que se tem tratado mais das nossas árvores... parece-me, não tenho a certeza... pelo menos eu não me lembro de ver tantas ruas com árvores (decentemente) podadas, não sei se é só por estar um bocadinho mais atento a estas coisas (graças ao vosso blog) ou se realmente alguém se lembrou que as árvores também precisam de ser tratadas.

ManuelaDLRamos disse...

Absolutamente, também acho que as árvores estão de um modo geral mais "decentemente" podadas e parece haver (há) pessoas nos serviços da CMP a tratar melhor o património arbóreo; é justamente por isso que os casos em que se verifica uma contradição nessa tendendência geral positiva parecem mais aberrantes! Por exemplo aqui na minha zona estiveram recentemente a podar as árvores, e num quarto delas verificam-se cortes de ramos de grande envergadura, com mutilações que parecem absolutamente desnecessárias.
Vamos continuar a mandar fotografias, informação, interrogações.

Anónimo disse...

a questão da "barbagem" (um mistura de corte de barba e barbaridade) tem que ser tratada e denunciada. assiste-se (não sei quanto tempo mais pois com este ritmo deixará em pouco de haver árvores urbanas) a uma proliferação de tais acções que há que rapidamente de lhes pôr côbro. não sei se se deve apenas a simples ignorância, tecnicamente não tem qualquer justificação, antes pelo contrário (gostava por exemplo de saber o destino da lenha obtida).
A propósito as imagens divulgadas são um fraco reflexo da onda de destruição que percorre (todo) o país: casos de redução a um "cepo" são vulgares.

ManuelaDLRamos disse...

Barbárie...barbagem ;-(
Relativamente ao destino dado à lenha: boa pergunta. Aqui na minha zona (Ramalde- Porto)vi-a em parte ser levada em pequenos atrelados e também vi outra parte ser localmente reduzida a um serrim grosseiro. (Vou perguntar aos jardineiros quando os vir.)
Quanto às fotos das tílias sim, infelizmente, é bem verdade, essas fotos são um fraco reflexo das podas mutiladoras que se fazem um pouco por todo o lado. Já pensámos em iniciar um blog intitulado Dias sem árvores para publicarmos as fotos mais impressionantes, já que nos custa publicar aqui. Ainda hoje estive a ver umas que tirei no ano passado em Caldas de Moledo verdadeiramente estarrecedoras: a maioria dos plátanos e das tílias do lado poente tinham sido decepados, completamente. Inacreditável!

Denunciar, informar, interrogar, protestar, publicar... O que se poderá fazer mais?

Anónimo disse...

a ideia de um espaço chamado "Dia sem árvores" é uma óptima ideia que merece ser posta em prática. seria, contudo, de alargar o seu âmbito para além da "barbagem". entre outros: corte desnecessário, más práticas culturais, escolha de espécies erradas, falta de plantação, etc. manteria, todavia, o foco na paisagem urbana, em sentido lato, da abordagem deixando, assim de parte a paisagem "natural" e a agrícola/silvícola.
é o contraponto do contentamento dos dias com árvores ("look what they done with my ... tree")