22/07/2005

A tragédia!

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«Incêndios cortam comunicações, isolam povoações e obrigam a evacuar aldeias (...

«O país foi de novo fustigado pelas chamas. Ao início da noite doze incêndios estavam por circunscrever às 19h33 em oito distritos de Portugal Continental, de acordo com o último balanço do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC). Os distritos afectados eram Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Vila Real e Viseu. (...) »

«Na primeira quinzena de Julho os incêndios queimaram mais de 17 mil hectares de floresta, elevando para 38.518 hectares a área destruída pelo fogo desde o início do ano, segundo o último relatório da Direcção-Geral das Florestas (DGF).Até 17 de Julho, os maiores valores de área ardida registaram-se nos distritos do Porto (6.061 hectares), Viseu (4.226 hectares) e Viana do Castelo (3.589 hectares).Em 2004 a área total ardida atingiu cerca de 120 mil hectares, segundo a Direcção-Geral dos Recursos Florestais.Em 2003 o fogo queimou 425 mil hectares, a maior área total destruída pelos incêndios nos últimos 20 anos. (...
Foto reproduzida de O Primeiro de Janeiro

5 comentários :

Anónimo disse...

Tudo uma consequência da falta de uma política séria de ordenamento florestal. Apesar da floresta ser uma das principais fontes de riqueza para o nosso país continuamos a matar a "galinha dos ovos de ouro". Admite-se que no nosso país haja cursos de Engª Florestal em risco de fechar por falta de alunos? Será que há excesso de técnicos com este tipo de formação, e não é preciso apostar na formação de mais?

Anónimo disse...

Haverá pior guerra do que a dos incêndios? Não consigo entender como é que as forças armadas não intervêm. Que estarão a fazer nos quartéis enquanto o país arde?
Mude-se a lei, mude-se a constituição se for preciso.
Porque não se investe em vigilância - se calhar até era fácil arranjar financiamento. Porque se compram submarinos quando precisamos de aviões tanque ? Se calhar até já foram comprados mas enferrujaram por falta de uso. Alguém ganha alguma coisa com isto ?

Ponto Verde disse...

É triste!

Afonso Henriques disse...

Em Agosto de 2004 a revista Grande Reportagem publicou um trabalho notável da autoria de Pedro Almeida Vieira sobre a dierença na abordagem do probema dos incêndios em Portugal e na Andaluzia.
Para quem o quiser ler, está aqui disponível na íntegra:

http://portugraal.blogspot.com/2004/12/transcrito-da-grande-reportagem-de.html

Só a incúria e o desleixo não explicam que o poder em Portugal se mantenha alheio ao tipo de soluções apresentadas nesse trabalho.
Definitivamente, os incêndios em portugal devem "dar de comer" a muita gente.

Anónimo disse...

Vigilância? Aviões? Mais carros de bombeiros? Sabem porque é que há incêndios? Porque há mato! Sabem porque há mato? Porque não o roçam (cortam) nem o gado o come! Vivemos num "paiol" florestal, humanamente desertificado. E onde andam as pessoas? Estão todas na "varanda"litoral permanentemente ou apenas no Verão, a bronzear... Eu sei, roçar mato custa muito, mesmo com máquinas,e não dá qualquer lucro imediato, antes pelo contrário. Por isso... Quantas pessoas vão ter que morrer, quantos conhecidos nossos, quantos familiares de cada um de nós têm que acabar carbonizados para que os portugueses acordem e decidam tratar do que lhes pertence? E porque não há uma lei que obrigue proprietários de pinheiros ou ecaliptos que estejam a menos de 70-80 metros de casas de habitação a cortá-los ou faculte aos habitantes dessas casas a possibilidade de os cortar?
Os incêndios não são uma fatalidade. Temos é que mudar a mentalidade e a vontade (não desistam, avós, pais e professores deste país...)e a floresta (fora os pinheiros e eucaliptos -"petróleo" incendiário - e venham as árvores que já foram deste solo: carvalhos, castanheiros...). O que isto dói, a quem veio do interior das matas da Beira Baixa...