24/03/2006

Eucaliptos monumentais- Monchique

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foto: agosto de 2003
Eucaliptos monumentais em Monchique (por trás do Hospital) na estrada que vai para o Barranco dos Pisões
(onde existe o célebre plátano- ver aqui e aqui )

A altura da primeira destas árvores ultrapassa os 30 metros (a pessoa que mal se vê encostada ao tronco mede 1.60 m). São muitíssimo maiores do que os eucaliptos abatidos na estrada para a Fóia e os assinalados na estrada para o Alferce , mas lembrei-me deles ao ler os comentários aqui trocados.
Terá razão o Parente da Refóias que, não deixando de lamentar a "desfortuna" que fizeram à serra de Monchique, acha que todos os "calitros" se valem, apenas importando pelo lucro que deles se possa obter?
Claro que não penso que cortar eucaliptos "ê o méme que fazer mal ôs carvalhêros ó ôtras arv'es assim" (nem tenho nada contra a exploração comercial da floresta) mas francamente, custa-me aceitar que se cortem árvores de grande porte. Mesmo eucaliptos. Talvez esteja errada. Não sei.
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6 comentários :

Filipe disse...

Olá Manuela, estou a voltar aos blogs, devagarinho, que o tempo é pouco, em relação aos eucaliptos, principalmente aos de grande porte, há um pormanor que as pessoas normalmente não sabem.
Os ramos dos eucaliptos quando saem do tronco principal, desenvolvem o que normalmente se chama um "nó" muito fraco, entre o ramo lateral e o principal, vertical, esse ramo lateral desenvolve-se bastante, ou seja aumenta de peso, de tal maneira que provoca a sua queda.
Para que se manter um eucalipto monumental e não ter acidentes é necessário proceder à poda desses ramos laterais, para evitar acidentes, que às vezes podem ser graves em termos urbanos ou junto ás estradas.

Anónimo disse...

Qualquer árvore monumental é, por definição, um monumento. Eucalipto ou não. E os eucaliptos são árvores extraordinárias, por vários motivos. O mal não está nos eucaliptos, mas no modo como nós, os portugueses, os disseminámos na nossa floresta: uns por indiferença e ignorância, outros porque correm atrás do "ouro verde". Tem portanto razão, a Manuela.
José Batista, Braga

Anónimo disse...

Foi talvez a segunda visita que fiz a este blog, é muito bom e está muito bem estruturado, parabéns. Se porventura quiser retirar aquela faixa branca que aparece sobre o título deste blog e anular aquela mensagem que surge na entrada do mesmo, tem que desativar nas DEFINIÇÕES a opção [link to post]

Unknown disse...

As árvores centenários são como as pessoas centenárias. Merecem o nosso respeito e admiração, pela sua capacidade de sobrevivência.
Eu também sou contra a monocultura do eucalipto, que tomou de assalto o interior de Portugal, mas estes são casos diferentes e acima de tudo sou contra todas as formas de racismo, até o vegetal ...

MaD disse...

Parabéns aos autores deste blog.
É de grande qualidade, adoro e já está 'linkado'no Parente da Refóias.
Sou 'membro activo' da blogosfera faz alguns dias, portanto perdoem-me qualquer coisinha...
Quanto à questão dos eucaliptos, vou esclarecer:
- Ao falarmos em árvores centenárias, não estamos a falar dos eucaliptos das estradas de Monchique... Quando muito, poderemos estar a falar de meia-dúzia dessa árvores... se... mas não.
- A estrada Marmelete/Alferce/S.Marcos, nos troços onde tem eucaliptos nas bermas, foi construída há pouco mais de cinquenta anos.
- A estrada da Fóia também não é centenária, nem nada que se pareça, portanto...
- Chamar-lhes monumentos... Bom, nesse caso, são umas largas centenas, provavelmente, milhares de monumentos, construídos metro a metro (passe o exagero), a tapar o sol e paisagem a quem passa na estrada. Por acaso, já algum dos intervenientes verificou, in loco, do que se trata?
- Como vocês saberão melhor do que eu, os eucaliptos crescem muito rapidamente. Ser alto e grosso não significa ser centenário.
- Ser alto e grosso significa, antes de mais, ter já sugado e continuar a sugar quilolitros e quilolitros de água que ficaram a fazer falta às nascentes, e ter impedido que outros tantos se infiltrassem nos terrenos, escorrendo ingloriamente para o mar. As antigas hortas de Monchique, transformadas em mato ou até plantadas de eucaliptos, são minhas testemunhas...
- Os eucaliptos que ardem não secam, rebentam novamente. Os que são cortados, rebentam igualmente, e crescem sem qualquer dificuldade.
- Como já disse no "Fragmentos" (http://jacunha.blogspot.com/), concordo que os eucaliptos mostrados na foto deste post sejam preservados. São um pequeno núcleo, são, provavelmente, os mais antigos e de maior envergadura, estão próximo da Vila e em local onde, eventualmente, não causarão grandes danos, excepto se deixarem cair uma pernada em cima dum carro ou duma pessoa, caso não os podem (muito bem, Filipe...Tem toda a razão. Eu já encontrei muitas pernadas no meio das estradas de Monchique).
- Racismo, JC?!...
Para terminar, não tenho nada contra o eucalipto em si. Mas tenho tudo a favor da "minha" serra. Ela faz parte de mim e eu dela.
Saudações a todos.
MaD

Anónimo disse...

Obrigada a todos pela participaçao ;-)