13/11/2006

Sempre jovem



Com o frio e os agasalhos, parecem-nos agora menos intensos os aromas das flores na cidade. Mas em alguns jardins há um cheirinho doce que mesmo um nariz constipado pressente: o da Ageratina ligustrinum, um arbusto da família Compositae, originário do México e América do Sul, em que até as folhas são perfumadas. As flores brancas têm longos estames e tingem-se de canela quando amadurecidas. Os exemplares que conhecemos estão em Serralves, têm cerca de 3 metros de altura e sempre os vemos juvenilmente floridos; daí o nome Ageratina, do grego agératos, que não envelhece.

4 comentários :

a d´almeida nunes disse...

Vivi até aos 8 anos para os lados do Seixo, Monte dos Burgos, no Porto.
Mais tarde, anos 60, voltei para estudar na Rua de Entreparedes e vivi um ano em Gaia, pelo que atravessava a ponte D. Luis todos os dias.
Há muitos anos que não tenho tido ocasião de revisitar algumas dessas áreas, dado o inferno em que se transformaram os acessos rodoviários quer ao Porto quer a Gaia.
Ainda que mal pergunte: o jardim a seguir à ponte, do lado direito ainda existe?
É que pelo que se reporta em post anterior, as autoridades (?!) de Gaia não querem nada com jardins!
Serralves. Por este andar as plantas, arbustos e árvores, na zona desta grande Área Metropolitava vão confinar-se a esse espaço.
Que falta de sensatez! As cidades têm que ser concebidas para as pessoas viverem, ou não!?...

Paulo Araújo disse...

O jardim de Gaia junto à entrada do tabuleiro superior do ponte D. Luís ainda existe; chama-se Jardim do Morro, e tem a toda a sua volta o mais bonito alinhamento de tílias que conheço. O jardim ainda existe, mas não perde pela demora, pois o município gaiense tem o projecto de sob ele construir um parque de estacionamento.

a d´almeida nunes disse...

Um parque de estacionamento por debaixo do jardim do Morro? É isso, Jardim do Morro. Quantas horas não passei nesse jardim, a observar a paisagem e a estudar. Sempre gostei de estudar, a caminhar no meio da mata e de jardins (noutros tempos, claro). Quantas vezes não fui ao Monte da Virgem, inspirar o ar sagrado dos pinheiros e até dos eucaliptos?
A minha experiência de parques de estacionamento subterrâneos na cidade de Leiria é de estarrecer. Numa área de menos de 1 km2, nas duas margens do Rio Lis, temos até à data, 5 (cinco) parques de estacionamento, todos abaixo do nível do leito do rio.
Impressionante!
E temos - também muito interessante - um parque debaixo da fonte luminosa, por cima, ao lado da fonte, uma aridez sub-sariana, sem lugar para uma árvore. Para remediar cá andam a plantar jacarandás e outras árvores de crescimento rápido que, segundo me parece, nem sequer têm a ver com a nossa flora autóctone.
Que futuro? Que identidade se quer dar a esta terra, que foi de D. Dinis e do seu pinhal?

Anónimo disse...

Que pena nao estarem a ter esta interessante conversa no post anterior...