03/01/2007

Dias sem árvores- Castro Marim

No Sotavento algarvio: Novo empreendimento vai destruir única mancha verde de Castro Marim 02.01.2007 - 18h13 PUBLICO.PT > (alerta enviado por uma leitora do blogue)

«A associação Almargem denunciou hoje a destruição da única mancha verde da zona costeira do concelho de Castro Marim, para onde está prevista a construção do empreendimento Verdelago, classificado como Projecto de Interesse Nacional.

Estendendo-se desde a Estrada Nacional 125 até ao mar, o empreendimento ? com mais de duas mil camas (hotel, aldeamento, zona de comércio e serviços, estradas e campo de golfe) ? deverá abranger 90 hectares de floresta, dunas e charcos temporários. Parte tem a protecção europeia da Rede Natura 2000 > .


A Almargem alerta que o projecto "implicará a ocupação e inviabilização da totalidade da última das manchas de pinhal-manso do Sotavento, bem como a fragmentação irreversível de habitats" , alguns dos quais considerados prioritários pela União Europeia. A sua construção levará ainda "à desafectação de algumas dezenas de hectares da Reserva Ecológica Nacional", como zonas húmidas para a construção do campo de golfe e a ocupação de áreas agrícolas.
A Avaliação de Impacto Ambiental "limitou-se a reconhecer o projecto como inquestionável" e deu um "parecer favorável condicionado, que de nada valerá àquele troço único do litoral algarvio". Empreendimento prepara abate de mais de 90 sobreiros e azinheiras
A Almargem pede ao Ministério do Ambiente e à Direcção-Geral de Recursos Florestais para impedirem o abate de mais de 90 sobreiros e azinheiras, espécies protegidas, previsto pelo empreendimento. Segundo a associação, este tem "cerca de quatro vezes mais a capacidade máxima das 600 camas previstas para o sector turístico no Plano Director Municipal [PDM] de Castro Marim".

(...) Nos últimos anos, a faixa marítima do concelho de Castro Marim, que se estende por 3,5 quilómetros, tem vindo a ser ocupada por empreendimentos urbano-turísticos que "ocuparam e fragmentaram uma área considerável da mancha florestal conhecida como Pinhal do Gancho e que constitui o prolongamento ocidental da Mata Nacional das Dunas de Vila Real de Santo António (Mata de Monte Gordo)". "Do pouco que resta, a área do empreendimento VerdeLago constitui a última grande mancha verde contínua de toda esta região litoral e, como tal, a prioridade deveria ser a sua preservação e não o contrário", conclui. »

1 comentário :

Anónimo disse...

Mais uma triste notícia, pergunto-me o que poderemos nós cidadãos comuns fazer para impedir, que estes crimes aconteçam.
Quando leio notícias deste tipo, apetece-me logo montar mil imagens da destruição que querem causar e mostrá-las ENORMES, em outdoors, em notícias, em todos os lugares possíveis.
Quando será que compreenderemos o valor do que deixamos destruir?