05/04/2007

Sinos-dourados


Forsythia X intermedia

Por muito desarrumado que ande o mundo, há associações que continuam a assegurar uma sincronia notável na natureza. São amizades à distância, sem confidências nem diálogo, escritas nos genes que se encarregam metodicamente de informar os associados da hora de acordar, de brotar as folhas, de abotoar, de revelar os segredos. Por isso a oleácea Forsythia X intermedia, híbrido europeu de 1880 cujos progenitores são as chinesas F. suspensa e F. viridissima, está também agora com os ramos arqueados de cachos de flores amarelas. Estas nascem nas axilas das folhas do ano anterior, entretanto caídas, numa solidária subordinação do futuro ao passado.

A designação do género refere-se a William Forsyth (1737-1804), horticultor escocês que foi jardineiro no Chelsea Physic Garden, depois nos palácios de St James e Kensington, e um dos fundadores da que veio a ser a Royal Horticultural Society.

O arbusto da foto e os seus companheiros formam um maciço dourado na Quinta de Sto. Inácio.

2 comentários :

greenman disse...

O meu já deixou cair as flores todas e está verdinho verdinho...
:-)

a d´almeida nunes disse...

Tenho um, já com uns 8 anos, ainda em plena floração, em Leiria.
Bem bonito e quanto tempo andei para lhe apanhar o nome. Não saber chamar as plantas de que gostamos pelos nomes próprios é muito deprimente!...