26/11/2007

Exuberance is beauty

«Improvement makes straight roads, but the crooked roads without improvement are roads of genius.»
William Blake


Plectranthus barbatus

Depois de tantas flores da família Lamiaceae aqui publicadas e que julgámos as mais bonitas, deparámo-nos fascinados com estas, pequeninas gôndolas de Veneza. Inquietos, incapazes já de compreender como pode tudo isto ser beleza, buscámos um dicionário. Lemos: belo = o que é perfeito, qualidade que, presente em alto grau, o destaca entre os seus congéneres. Pois bem, há cerca de 500 espécies tropicais no género Plectranthus à espera das etiquetas que registem o grau de formosura que representam. Se nos faltar ânimo para tal tarefa, umas folhinhas esmagadas de P. barbatus, que produz forskolin, deverão repor o ajustado nível de coragem.

4 comentários :

a d´almeida nunes disse...

Tenho vindo a acompanhar com toda a regularidade este magnífico blogue.
Espanto após espanto, tenho de chegar à conclusão, quando há um ano atrás, a Manuela Ramos me dizia que precisava de, pelo menos 2 anos, para perceber alguma coisa de Botânica, tenho que confessar que nem que vivesse o resto dos meus dias a observar as plantas e a estudar Botânica, não seria capaz de tal.
De modo que cá vou observando e admirando. Não só o que aqui me fazem o favor de mostrar e explicar a rigor mas também o que vou observando de motu-próprio. Algumas vezes colocando umas notas no meu blogue.
Um abraço
António Nunes

bettips disse...

Por matemáticas fatias, não me meto. Ah...mas por estradas coloridas, sim! E diz o nosso amigo constante "dois anos...nem que vivesse o resto dos meus dias...". Não poderia estar mais de acordo. Por isso é tão BELO vir aqui! Obg. Abçs

Anónimo disse...

E verdade que a botânica com poesia se torna assunto irresistível. Maria, vi na Wikipedia que o gênero Clerodendron que era uma Verbenaceae, migrou para esta família. Esta é mais uma grande família? Parecia mais facil de identificar com as gôndolas, muito bem lembrado.

Maria Carvalho disse...

De facto, esta união pacífica, em família, de plantas que julgámos tão longínquas, deve querer dizer-nos mais alguma coisa...

No Porto temos poucas espécies de Clerodendron; o C. thomsoniae que vive numa estufa do Parque do Arnado está neste momento em flor e a merecer uma visita.