30/05/2008

Ulmeiro-do-Cáucaso


Zelkova carpinifolia - Kew Gardens

Esta árvore, na verdade, não pertence ao género Ulmus, embora seja da mesma família, mas tem garbo de sobra para herdar um nome que se arrisca a cair em desuso com a extinção progressiva dos genuínos ulmeiros, vítimas de epidemia que os tem dizimado pelo mundo fora. (O exemplar de aqui falei em 2006 já se perdeu, mas os ulmeiros de Matosinhos ainda resistem.) Árvore volumosa que pode subir aos 35 metros, costuma apresentar um tronco grosso e curto, dividindo-se a pequena altura em grandes ramos ascendentes que se alargam para compor uma copa redonda e densa; quando despida de folhagem, faz lembrar uma vassoura invertida. Originária do Cáucaso, do norte do Irão e do nordeste da Turquia, a sua longevidade e excelente porte, a que junta a virtude de não ser susceptível à doença dos ulmeiros, têm-lhe granjeado crescente popularidade como árvore ornamental na Europa e nos EUA.

Tirando um ou outro jardim botânico, a Zelkova carpinifolia quase não é cultivada em Portugal. Não sei se isto é falha que deva ser lamentada, pois o destino das grandes árvores ornamentais no nosso país é nunca atingirem a plenitude. Que se fique pois o ulmeiro-do-Cáucaso pelas paragens felizes onde o espaço é amplo e a terra generosa, e onde está fora do alcance dos mutiladores profissionais de árvores.

2 comentários :

a d´almeida nunes disse...

Por uma feliz coincidência, deu-me hoje, há 2 horas atrás, para fotografar um Ulmeiro glabra do Jardim Luís de Camões em Leiria.
A ideia era fotografar as pinhas dum cedro antigo no mesmo cantinho do jardim.
Mas lá está o Ulmeiro também.
Vou colocar essa fotografia no http://arvoresleiria.blogspot.com
Um abraço
António

Anónimo disse...

a descoberta dele foi muito importante, aconteceu por acaso mas queria dar os parabéns a quem conhece tanta beleza!