29/09/2005

"A árvore que eu prefiro é uma cerejeira..."

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A propósito desta velha cerejeira decerto com uma história privada recheada de recordações, lembrei-me desta redacçãozita*:
«A árvore que eu prefiro é uma cerejeira.
A minha cerejeira foi plantada no meu quintal no ano de 1961 pelo meu avô. É uma árvore muito grande e se for ao topo vejo o monte de S. Félix.
Quando está toda coberta de folhas e flores parece um jardim verde e branco.
No Verão, quando está muito calor eu ponho-me à sua sombra. Nessa altura ela dá muitas cerejas que eu aprecio muito.
Claro que eu gosto de todas as árvores mas prefiro a cerejeira porque dá o meu fruto preferido. E esta foi plantada pelo meu avô.»

Jorge Filipe B.T. 5º ano (1995-96)

*Todos os anos peço aos meus pequenos alunos que redijam um texto subordinado ao tema "A minha árvore preferida...". E explico muito bem que deverão falar de uma árvore em particular. Não das laranjeiras em geral, ou dos pinheiros, etc., mas daquela em particular que vêem todos os dias, e que está no quintal, no jardim, na rua por onde passam.
Aspecto importante deste pequeno "projecto" é a descoberta da história "privada" dessa árvore. Muitas vezes ao descobrirem essa história, ao saberem que, por exemplo, foi plantada pelo avô, pelo pai, por vezes até em datas especiais, as crianças estreitam os laços que pela árvore já sentiam, mesmo sem disso se aperceberem.
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2 comentários :

Rosa disse...

A Maria Alberta Meneres diz que "O poeta faz-se aos dez anos", a minha experiência de mãe diz-me que aos dez anos todas as crianças são fabulosos poetas, a pergunta é porque é que deixamos de ser?
Rosa

ManuelaDLRamos disse...

Deixamos? ;-)