Sobre o verde do trevo
Trifolium arvense
«De alguns corpos se diz que são transbordantes, quando se deitam é raro não deixarem sinais: pequenas manchas de sol recente ou delicadas sementes de alegria. Da substância vertida sobre o verde do trevo se diz também que é eloquente (eu diria irradiante), não sei se pelo cheio ao oiro da palha humedecida, se pelo brilho de seda acariciada. O que sei é que fascina as formigas e põe em cólera as éguas que nenhum vento emprenhou.»
Eugénio de Andrade, Memória de outro rio (1978)
1 comentário :
Olá.
Esses textos são bestiais...
Deixam-nos a pensar na vida.
Adeus
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