Último poema
É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem assim tem o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.
Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer (1992)
2 comentários :
Bom Natal. Bom Ano novo. Muita saúde, alegria e paz...
Bom Natal para todos os que têm por aqui passado. E um novo ano com tudo o que é bom.
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