Uma senhora camélia
Camellia reticulata - Serralves - Março de 2006
Um dos inconvenientes do regionalismo japoneira para designar a camélia é o de sugerir que todas as variedades ornamentais deste arbusto pertencem à espécie Camellia japonica. Pois é precisamente por esta altura do ano que uma vistosa camélia de outra espécie, a Camellia reticulata, inicia a sua floração, e seria injusto confundi-la com a sua congénere. Embora as flores da C. reticulata sejam peculiares, de grandes pétalas onduladas vermelhas ou róseas deixando entrever o núcleo de estames amarelos, a forma mais segura de a distinguir da C. japonica é pelas folhas: coriáceas, pontiagudas, de cor baça, contrastando com as folhas luzidias, comparativamente maleáveis da japoneira.
Menos resistente ao frio do que a C. japonica, a C. reticulata é muito apreciada pelas suas grandes flores, as maiores e, para alguns, as mais belas de todas as camélias. A sua introdução na Europa ocorreu em 1820, constando já em 1865 do primeiro catálogo do horticultor portuense Marques Loureiro. O epíteto reticulata refere-se à fina rede de veias que marca a superfície das folhas.
Camellia reticulata - rua de Vilar (Porto) - Março de 2005
2 comentários :
Que belo espaço!
Parabéns.
"... vai fermosa e não segura"
Quem sabe onde/se estará para o ano? Como o anigo de Cabo Raso bem documentou, isto é doença, este ódio de árvore. É mania, é maldade.
EP
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