Arália-do-Japão
A semelhança entre a folhagem deste arbusto - folhas grandes, palmadas, lobadas, de pecíolo longo - e a do rícino poderia fazer supor que são parentes. A ciência classifica-os contudo em famílias distintas: a Fatsia é uma araliacea de origem asiática, género isolado, confinado a algumas ilhas do Pacífico, de que só se conhecem três espécies. No Porto é vulgar a espécie japonica, que vegeta bem em recantos de meia-sombra (como o renque que entremeia a alameda de plátanos à entrada do Palácio de Cristal) e cujas folhas coreáceas e luzidias parecem conferir-lhe natural protecção contra a poluição. As flores, que na Primavera o enfeitam profusamente, são brancas e formam pequenas umbelas; as mesmas que meses depois suportam os frutos, bagas redondas e negras.
A família Araliacea abriga árvores, arbustos e ervas famosas: ornamentais, como a Hedera helix (hera) ou a Schefflera actinophylla (árvore-guarda-chuva); ou com utilidade adicional como a Tretapanax papyriferum, chinesa, de que a medula macia dos ramos é a matéria prima do papel-arroz, ou herbáceas do género Panax cujos rizomas produzem o tónico ginseng.
Fotos: pva / mdlr
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