08/11/2007

Quercus alba


Quercus alba - Cemitério Britânico do Porto

Eis um carvalho de boa índole, que não gosta de enganar ninguém: a sua semelhança com o nosso carvalho-alvarinho (Quercus robur) é notória e reconfortante - aliás pertencem os dois ao subgénero Leucobalanus (carvalhos-brancos) do género Quercus -, mas as folhas do primeiro são maiores, mais assimétricas e com lobos mais sulcados. O Q. alba reserva o seu momento de glória para o Outono, adquirindo então uma coloração alaranjada cheia de matizes, ao passo que o nosso impaciente conterrâneo brilha logo à entrada da Primavera com o verde-alface da folhagem nova. Em tamanho e longevidade é o Q. robur quem leva a palma, mas não por larga margem, pois o Q. alba também desenvolve uma copa ampla e pode viver centenas de anos. Ambos fornecem madeira valiosa, com lugar importante na história social dos seus continentes de origem.

O Q. alba é originário da costa leste da América do Norte, do sul do Canadá ao Golfo do México. Ao invés dos outros carvalhos americanos que aqui mostrámos, é raramente visto em solo europeu: em Portugal só sabemos deste exemplar no Cemitério Britânico, tão jovem que ainda não produz bolotas, plantado há pouco mais de 10 anos em memória de alguém que lá foi sepultado. Infelizmente a placa que nos dá tal informação erra ao identificar a árvore - que não é um Quercus velutina, pois as folhas dessa outra espécie americana têm os lobos pontiagudos e não arredondados.

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