Torna a alentar-te, ó Sol resplandecente!
Folhagem em contra luz emoldurando silhueta de Araucaria bidwilli
Vai a fresca manhã alvorecendo,
vão os bosques as aves acordando,
vai-se o Sol mansamente levantando
e o mundo à vista dele renascendo.
Veio a noite os objectos desfazendo
e nas sombras foi todos sepultando;
eu, desperta, o meu fado lamentando.
fui co'a ausência da luz esmorecendo.
Neste espaço, em que dorme a Natureza,
porque vigio assim tão cruelmente?
Porque me abafa o peso da tristeza?
Ah, que as mágoas que sofre o descontente,
as mais delas são faltas de firmeza.
Torna a alentar-te, ó Sol resplandecente!
"Sonetos" -Marquesa de Alorna (1750-1839)
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1 comentário :
Marquesa de Alorna, Belo Nome.
VNão tenho palavras o bastante para expressar meus elogios, simplesmente ADOREI, o soneto Torna a alerta-te, ó sol resplandescente! E gosto muito de escrever, se possível me faça uma visita é um lindo cantinho para quem gosta de escrever. Um Grande Abraço do amigo leitor.
http://www.recantodasletras.com.br/autores/marconeap
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