Um pedaço de noite
À noite, o salgueiro é negro...
Com o vento meneando,
Parecem filas de frades,
Todos em coro rezando.
Antero de Quental, Cantigas (1864)
Foto: pva 0411 - salgueiro-chorão (Salix babylonica) na Baixa de Santo António, Aveiro
À noite, o salgueiro é negro...
Com o vento meneando,
Parecem filas de frades,
Todos em coro rezando.
Antero de Quental, Cantigas (1864)
Foto: pva 0411 - salgueiro-chorão (Salix babylonica) na Baixa de Santo António, Aveiro
Publicada por Maria Carvalho em 18.10.05
Etiquetas: Antero de Quental , Aveiro , poesia-árvore , Salicaceae
4 comentários :
Eu acho que o salgueiro do poema do Antero poderá ser eventualmente o salgueiro/vime... não?
S. (de Sementinha ;-)
Eu imagino-os anafadinhos, com túnica da cabeça aos pés ligeiramente empinada pela barriguita, hábitos pendentes a tocar o chão. O salgueiro-chorão também é assim...
Sim , eu entendo, mas não há filas dessas nas paisagens portuguesas, enquanto as há dos outros ;-)
S.
Pois, tem razão. Mas eu vejo vários fradinhos em fila, uns atrás dos outros como num coro, num mesmo salgueiro-chorão grande...
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