Exposição de camélias no Porto
- o regresso seis anos depois
A Sociedade Internacional das Camélias em Portugal informa que, nos próximos dias 1 e 2 de Abril, irá realizar-se a muito esperada Exposição de Camélias no Mercado Ferreira Borges, na cidade do Porto. Com o objectivo de preservar o nosso património, haverá, pela primeira vez, um reconhecimento especial para a melhor camélia de origem portuguesa.
A todos os que queiram expor as suas flores, pede-se o favor de enviar a inscrição para:
Câmara Municipal do Porto - Divisão de Parques e Jardins
a/c de Sr. Eng. Leandro Cardoso
R. de S. Roque da Lameira, 2040
4300-306 Porto
Tel: 22 5193530 Fax: 22 5193537 E-mail: dmpj@cm-porto.pt
Horário da exposição:
Dia 1 de Abril:
8.30h-12.30h: Montagem dos expositores
14.30h- Abertura oficial e entrega de diplomas
24.00h- Fecho
Dia 2 de Abril:
10.00h- Abertura
19.00h- Fecho
SOCIEDADE INTERNACIONAL DAS CAMÉLIAS
(THE INTERNATIONAL CAMELLIA SOCIETY)
A Sociedade Internacional das Camélias (ICS), fundada na Austrália pelo Professor E.G. Waterhouse em 1962, é uma organização sem fins lucrativos que se dedica ao estudo e divulgação desta planta. É uma Sociedade com membros espalhados por todo o mundo e organiza um congresso bienal, além de passeios e visitas propostos pelas secções regionais. Os seus membros recebem uma revista anual que fornece informações gerais, estudos científicos e actualização das variedades de camélias. A Delegação da ICS em Portugal existe desde 1981 devido à iniciativa do Eng. José Gil, contando actualmente com cerca de 130 membros.
A camélia é originária do sudeste asiático, a data da sua introdução no ocidente ainda não está determinada e permanece um mistério. Há grandes probabilidades de terem sido inicialmente trazidas por botânicos, representantes da coroa ou missionários portugueses na época dos Descobrimentos, mas apesar dos enormes exemplares que possuímos e da existência de faianças e azulejos portugueses do séc. XVII com o motivo "camélia", para já ainda não se encontraram provas concretas. Sabe-se que um botânico holandês do séc. XVII já mencionava a camélia com o nome de "Tzumaki", que corresponde ao japonês "Tsubaki" (árvore das folhas luzidias), e que a primeira planta viva de que há registo na Europa foi trazida por missionários antes de 1739, data em que já se encontrava uma camélia talvez proveniente da China na estufa de Lord Petre, em Inglaterra - era a chamada "Rosa Chinesa" ou rosa sinensis, uma camélia japónica semi-dobrada de cor vermelha. No início do séc. XIX as camélias atingem uma enorme popularidade no ocidente, e as primeiras de que há registo em Portugal foram encomendadas por volta de 1809-1810 por ilustres portuenses como Francisco Van-Zeller ou Alberto Allen, encontrando o seu expoente máximo no Horto das Virtudes, do célebre José Marques Loureiro - Horticultor e Jardineiro Multiplicador.
O Porto é a Cidade das Camélias por excelência, com uma riquíssima tradição de cultivo e criação de inúmeras variedades reconhecidas internacionalmente, incluídas e descritas no International Camellia Register - o registo oficial da ICS. Durante vários anos a Câmara do Porto organizou Exposições/Concursos de Camélias, uma actividade interrompida há seis anos. As camélias constituem um património natural e cultural de que o Porto se orgulha e que deverá manter, preservar e divulgar.
Para mais informações é favor contactar:
- Clara Gil de Seabra (Directora da ICS - Portugal), tel/fax 226170428
E-mail: claragildeseabra@tvtel.pt
- Maria Augusta d'Alpuim (Representante dos Membros da ICS - Portugal), tel.229384740
E-mail: calpuim@netcabo.pt
- Joana Andresen Guedes (Membro da ICS - Portugal), tel/fax 226173204
E-mail: jandresenguedes@gmail.com
Fotos: camélias do Parque de S. Roque, Porto
3 comentários :
Em vez de um aceno, camélias, que bom encontrá-las todos os dias.
Obg
EP
He posat la vostra camèlia com a fons de l'escriptori.
Fa anys vaig estudiar a Lourizan (Pontevedra), hi havia gran diversitat de camèlies.
Mallorca (Illes Balears)el calci no permet viure a la camèlia.
Una abraçada.
Camélias,
O perfume delas
É talvez a cor
in "Jardins Suspensos", Pedro Homem de Mello
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