21/04/2006

O burrinho sabichão

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Papoila comum (Papaver rhoeas)
«O uso medicinal limita-se às pétalas e às cápsulas secas. As primeiras recolhidas em plena maturidade, serão estendidas em folhas de papel ou esteiras o mais rapidamente possível, de preferência num local quente, seco e arejado, sem ser ao sol, e revolvidas com frequência. Deverão addquirir um tom escuro e avermelhado ao secar, mas sem que fiquem completamente enegrecidas. Quando estiverem bem secas, guardam-se em boiões ou em caixas, comprimindo-as por forma a evitar ao máximo o contacto com o ar, vedando-as hermeticamente. As cápsulas devem ser recolhidas em plena maturidade, altura em que estarão já meio secas; a secagem consumar-se-á naturalmente, bastando para isso espalhá-las numa esteira.

A papoila reproduz tenuemente alguns efeitos da dormideira. As suas flores são ligeiramente narcóticas, calmantes e peitorais. (...) Empregam-se em infusão (1 pitada de pétalas secas para uma chavena de água fervente ao deitar) ou melhor ainda em xarope: verter 1 litro de água fervente sobre 65 g. de pétalas secas; deixar em infusão durante 6 horas; filtrar e acrecentar 180 g. de açúcar para 100 g. de líquido. Tomar em doses diárias (em colheres de café) espaçadas ao longo do dia (...) Como peitorais, as suas flores são igualmente usadas pelo povo nas bronquites, e na tosse convulsa; acalmam os espasmos e favorecem a expectoração. (...)»
in O Grande Livro das Ervas, de Pierre Lieutaghi - Temas e Debates

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