04/08/2006

Quinta do Covelo- Porto

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Japoneiras, palmeiras, magnólia, pinheiro manso, carvalhos.

Fotos © manueladlramos 2004
Mais fotografias do Parque do Covelo (por António Amen in O Porto em Fotografia )

O concurso público de ideias para a futura requalificação da Quinta do Covelo foi publicitado em Abril (ver). De acordo com uma notícia vinda a público em de 29 de Junho «A Câmara valorizará as propostas que contemplem a recuperação da casa de lavoura do final do século XVIII (que se encontra em ruína), criem uma entrada mais digna para a quinta (hoje, a entrada principal faz-se por uma grande escadaria na Rua de Faria de Guimarães, próximo do acesso à auto-estrada) e novas zonas de estadia e circuitos pedonais no jardim e na mata, sem danificar a vegetação. (ler texto completo no JN) »

Todavia, e lamentavelmente, o processo parece incorrer numa série de inconformidades segundo o Conselho Directivo Regional do Norte (CDRN) da Ordem dos Arquitectos. Ler Edgar Soares - "Concurso Quinta do Covelo, palavras para quê?" n ' A Baixa do Porto .

Adenda:
1-
"Ordem nas Ideias" por Luís de Sousa ( 04.08.06) n ' A Baixa do Porto .
2- Explicação da CMP no Público (05.08.06) « (...)
Álvaro Castello-Branco, em declarações ao PÚBLICO, insistiu no concurso aberto a toda a gente nesta fase, para definir com algum rigor os termos da intervenção na Quinta do Covelo. "Quando decidirmos o que queremos fazer, então lançamos um concurso para adjudicar a obra, ao qual, naturalmente, só poderão concorrer profissionais", esclareceu o vice-presidente da câmara. (...) mantendo que o que se pretendia era recolher ideias "de toda a gente".
O que, de resto, foi conseguido com êxito: 120 pessoas pagaram os cinco euros requeridos para levantarem os termos do concurso, podendo avançar com as "ideias" até 21 de Agosto.»
(
ler texto completo)
3-
"Projecto de pai incógnito" por Luís de Sousa (07.08.06)

2 comentários :

Anónimo disse...

«Ordem desaconselha arquitectos a lançar ideias para a Quinta do Covelo
no Publico- local(04.08.06) por Carlos Romero

Ordem diz que o concurso de ideias deveria ter já a participação de equipas multidisciplinares

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos considera "não-recomendável" a participação dos seus membros no concurso de ideias lançado pela Câmara do Porto para a requalificação da Quinta do Covelo. A organização profissional entende que o modo como o processo está a ser conduzido pela autarquia padece de várias "inconformidades", a mais grave das quais consiste na abertura do concurso a qualquer pessoa, ao mesmo tempo que se pedem "memórias descritivas" e "estudos prévios" que, defende a secção da Ordem dos Arquitectos (OA), não podem ser produzidos pelo "cidadão comum".

A câmara foi esta semana informada da posição.
Quando o concurso para a Quinta do Covelo foi apresentado publicamente pelo vereador do Ambiente portuense, Álvaro Castello-Branco, o responsável autárquico defendeu que "qualquer pessoa pode participar" no processo e, nesta fase, "as propostas não têm de obedecer a um especial rigor técnico".

O problema, segundo a OA, é que os termos do concurso lançado pela câmara já não reflectem o nível de informalidade sugerido pelo vereador, ao reclamarem os referidos estudos prévios e memórias descritivas, insusceptíveis de serem elaborados por "qualquer pessoa".

No fundo, segundo explicou ao PÚBLICO Margarida Gomes, da secção regional Norte da OA, a câmara estaria a misturar conceitos como "consulta pública", em que todos podem dar os seus "palpites" para definir com mais precisão o programa da obra, e "concurso de ideias", que deveria estar aberto apenas a "concorrentes ou equipas técnicas multidisciplinares, de qualificação profissional específica", como são os arquitectos, os arquitectos paisagistas e os engenheiros hidráulicos ou agrónomos.

Álvaro Castello-Branco, em declarações ao PÚBLICO, insistiu no concurso aberto a toda a gente nesta fase, para definir com algum rigor os termos da intervenção na Quinta do Covelo.

"Quando decidirmos o que queremos fazer, então lançamos um concurso para adjudicar a obra, ao qual, naturalmente, só poderão concorrer profissionais", esclareceu o vice-presidente da câmara.

O responsável estranha a posição da secção da Ordem dos Arquitectos - "Será uma mera reacção corporativa?", pergunta o vice-presidente da câmara - e admite que por detrás do diferendo poderá estar alguma confusão entre os conceitos de "consulta pública" e de "concurso de ideias".

A filosofia do concurso defendida por Álvaro Castello-Branco encaixar-se-ia, segundo o entendimento da OA, na consulta informal aos cidadãos, mas a exigência de "estudos prévios" baralhou o assunto.
O vereador refere que essas especificações técnicas foram introduzidas pelos serviços jurídicos camarários, em que confia "plenamente", mantendo que o que se pretendia era recolher ideias "de toda a gente".

O que, de resto, foi conseguido com êxito: 120 pessoas pagaram os cinco euros requeridos para levantarem os termos do concurso, podendo avançar com as "ideias" até 21 de Agosto.

O júri designado para as apreciar deliberará em meados de Setembro (estão em jogo três prémios para as melhores ideias) e, estabelecidos com precisão os contornos da requalificação do Covelo, a câmara conta lançar o concurso público para a obra no início de 2007.

Álvaro Castello-Branco fez ainda questão de esclarecer que, ao longo do processo que há-de levar à obra de requalificação do Covelo, arquitectos, arquitectos paisagistas e engenheiros vão, através dos vários departamentos municipais, ser chamados a intervir com as suas ideias e competências técnicas. "Convém não esquecer que há dezenas de arquitectos ao serviço do município", esclareceu, o que naturalmente "dispensa a contratação" desses profissionais no exterior.


Não é a primeira vez que a Quinta do Covelo está a ser alvo de um concurso de ideias. No início dos anos 1990 o município lançou um concurso semelhante, com o intuito de erguer no local uma espécie de Feira Popular. O processo iniciou-se, as ideias apareceram, mas o projecto ficou no papel. E "ainda bem", na perspectiva do vice-presidente da câmara, Álvaro Castello-Branco. Agora, pretende-se revitalizar o espaço, preservando a mata, reabilitando uma casa centenária em ruínas e avançando com equipamentos culturais, desportivos e de lazer. Esperam-se ideias.
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Anónimo disse...

Utentes do Covelo querem requalificação "cuidada" no DN