Cup plant
Esta planta perene das pradarias do leste da América do Norte é fácil de identificar, tantas são as suas peculiaridades. É uma herbácea em que quase tudo parece excessivo. É alta como um girassol mas tem caule rígido de secção quadrada com seiva que rescende a terebintina. As enormes folhas são rugosas com textura de papel, e as superiores são sésseis e perfoliadas (isto é, os lobos basais são adunados e envolvem os ramos, parecendo que o caule atravessa as folhas como numa espetada); deste modo formam taças onde se acumula a água e os pássaros bebericam. Pesquisa recente em biologia farmacêutica detectou uma eficiente acção antibacteriana de todas as componentes do sílfio, confirmando a pertinência do uso tradicional das suas folhas, flores e rizomas pelos índios americanos.
Como é frequente na família Asteraceae (embora haja, para aflição dos amadores como nós, numerosos contra-exemplos), a inflorescência é uma margarida com um coro central de florículos tubulares e outros de pétala comprida que formam a corola exterior - um órgão de sedução que se ocupa simultaneamente dos gestos e das emoções. As rosetas são suficientemente grandes (até 10 cm de diâmetro) para se distinguirem bem os dois tipos de florículos. Mas o esquema seguinte permite ao caro leitor verificar ainda com maior clareza estas diferenças.
Inflorescência de uma asterácea (ou «margarida») - do livro Australian Native Plants, John W. Wrigley & Murray Fagg
2 comentários :
Muito interessante, sobretudo para alguém cuja flor preferida é a margarida...
Esta é mesmo especial, sobretudo pelas"pequenas flores" tubulares que compõem o centro.
Fascinante!
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