Plátano lunar
Além dos astronautas, há hoje na Terra outros seres vivos que viajaram até à Lua: árvores que o astronauta Stuart Roosa da missão Apollo 14 (Janeiro de 1971) transportou num saquinho como relíquia. A cada astronauta era permitido levar um pequeno número de objectos pessoais: Al Sheppard levou bolas de golfe; John Young preferiu uma sanduíche; Roosa escolheu centenas de sementes de várias espécies de árvores: liquidâmbares, pseudotsugas, pinheiros (Pinus taeda), sequóias (Sequoia sempervirens) e plátanos bebés que viveram alguns dias sem a acção da gravidade. De volta à Terra, cresceram e são hoje homenageadas em inúmeras placas, como aquela onde se lê «Este plátano cresceu de uma semente que viajou até à Lua. Que ele possa suscitar a vossa atenção para a importância passada e futura das árvores e dos recursos florestais.»
O entusiasmo de Roosa pelas árvores começou na sua juventude, como bombeiro de fogos florestais. Uma dezena de anos mais tarde é convidado pela NASA para o programa espacial. A algumas das árvores que carinhosamente transportou será talvez permitido viverem milhares de anos; serão nessa altura os únicos testemunhos vivos das primeiras missões tripuladas à Lua.
Fotos e mais detalhes aqui e aqui.
3 comentários :
Que interessante!
a proposito dos platanos. há diferença entre platanos e aceres ou são a mesma coisa? outro dia vi num site a referencia a uma arvore chamada "Plátano bastardo" ou Padreiro cuja designação em latim era Acer pseudoplatanus e fiquei com esta duvida.
vitorsilva
http://no.weblog.com.pt
O padreiro ou plátano-bastardo não é um verdadeiro plátano e nem sequer é da família dos plátanos. O seu nome científico é "Acer pseudoplatanus", e o primeiro nome indica o género que pertence ao género Acer; os verdadeiros plátanos são do género Platanus. Entre outras diferenças assinaláveis, os áceres têm folhas opostas enquanto os plátanos têm folhas alternadas; e o tronco do plátano é mais claro, descascando-se frequentemente e ficando com um padrão marmoreado.
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