Nos jornais- Siza em Madrid projecta dias sem árvores
Na berlinda "o plano dos arquitectos Álvaro Siza e Juan Hernandez de Léon para o reordenamento do percurso entre os museus do Prado, Thyssen e Reina Sofia" (DN) que implicará a "mexida" (ou não) em 738 árvores centenárias. Cara baronesa estamos consigo!
Foto (LUIS MAGÁN) in EL PAIS
24 de Abril: Carmen Thyssen planta cara a Gallardón por la reforma del paseo del Prado : «"Quieren ponernos una autopista delante, y encima lo harán cortando una arboleda única", afirma Carmen Thyssen al referirse a la vía de cinco carriles de coches que caerá en el lado del museo y que obligará a mover los árboles centenarios que hoy respiran frente a ella. "La gente que venga a nuestro museo será la que se trague el monóxido de carbono(...)".
Pero es al hablar de los enormes árboles plantados en la época de Carlos III que está previsto trasplantar, cuando la baronesa se pone en pie de guerra: "Buscaré a otros amantes de la naturaleza como yo y nos ataremos a cada árbol para impedir que acaben con ellos, son divinos, una belleza. Me llevaré la tartera con comida y bebida, y ya veremos quién me mueve de ahí. Todo el mundo sabe que es imposible trasplantar árboles de ese tamaño y que la mayoría morirán. Me parece estupendo que se remodele la zona, pero que se haga preservando lo que ya está, sin destruir. No quiero pensar, además, en el calor que hará en verano, sin una sombra en todo el paseo"... Según se indica en la Memoria del Plan Especial, está previsto talar (o "extraer") cerca de 700 árboles en toda la obra. De ellos, existen 95 catalogados que deben ser cuidados al máximo durante las obras, siguiendo las determinaciones establecidas por la Dirección de Patrimonio verde. (...)»
28 de Abril: Gallardón arrancará 738 árboles del Paseo del Prado para modificar su trazado :«El Ayuntamiento de Madrid no modificará el trazado previsto en su proyecto de reforma del eje Prado-Recoletos aunque admite que en una operación de esa envergadura, que afecta a unas 160 hectáreas desde la plaza de Colón al norte hasta Atocha al sur, a lo largo de 5 kilómetros, puede haber alguna modificación. Entre estas modificaciones se encuentran "someter" a 738 árboles a un "tratamiento específico". 461 serán "trasladados" y 272 "extraídos". El coordinador general de Urbanismo, Francisco Panadero, dijo a Libertad Digital que sólo se van a "tratar" 29 árboles. La baronesa Thyssen ha advertido al Ayuntamiento que se llevará el museo a Suiza si se destroza el Paseo del Prado y se encadenará a los árboles(...)»
Ver arq.txt: Eje del prado. Documentación del proyecto de Siza en Madrid buscando arquitectura
Adenda
29 de Abril: Gallardón rehúsa cambiar el proyecto del eje Recoletos pese a las presiones del Thyssen ; Ayuntamiento dice que las obras en el Paseo del Prado afectarán a 29 arboles y que Thyssen no alegó ; Madrid: Contra la tala de árboles en el paseo del Prado (in-Ecologistas en Acción de la Comunidad de Madrid)
Afinal valeu a pena protestar:
19 de Maio: El Ayuntamiento someterá de novo a información pública durante 6 meses el proyecto del eje Prado-Recoletos
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4 comentários :
Conheço o local em causa e interrogo-me donde virá tamanha insensibilidade de Álvaro Siza. O que se pretende fazer é uma monstruosidade.
Estive lá esta semana "de vacaciones"! E realmente é monstruoso destruir aquela sombra que já sabia tão bem neste mês de Abril! Imagino em Agosto! Para terem uma ideia, soube-me melhor esse passeio que a visita ao Jardim Botânico (achei pobrezito)! Não adivinhava é que estavam na mira de um algum Siza!
Podem ver documentação sobre o que querem fazer à avenida do Prado nesta ligação:
http://arqytxt.blogspot.com/2006/05/eje-del-prado-documentacin-del.html
Terceiro projecto de Siza não abate árvores
Depois de cinco anos de trabalho, muitas versões do mesmo projecto arquitectónico, guerras entre os dois políticos mais importantes de Madrid, e uma baronesa, em protesto, acorrentada a uma árvore, a equipa de Álvaro Siza parece ter conseguido, por fim, um consenso para o novo eixo Prado-Recoletos, uma das mais importantes artérias da capital espanhola.
O arquitecto português tinha ganho um concurso público, em 2002, com a ideia de garantir mais espaço na avenida para os peões. Mas, no seu projecto, ainda constavam cinco faixas de rodagem e a alegada necessidade de cortar 900 árvores. Nem as associações ecologistas nem a baronesa Carmen Thyssen, vice-presidente da Fundação Thyssen (que gere o importante museu com o mesmo nome, no Passeio do Prado), concordaram com as propostas de Siza. Nas diferentes versões do projecto foram-se diminuindo as faixas para carros e o número de árvores a amputar. Os representantes do município disseram que se tratava apenas de 29 árvores e que dez já estavam doentes, acrescentando ainda que, quando pediram ideias e sugestões, os ecologistas e a baronesa tinham ficado calados.
O caso ganhou ainda mais mediatismo porque representava uma luta entre o alcalde da capital, Alberto Gallardón, e a presidente da comunidade autonómica de Madrid, Esperanza Aguirre. Os dois políticos, que pertencem ao mesmo partido (PP), acabam de ganhar as eleições de domingo com maioria absoluta, repetindo-se nos cargos que já ocupavam. Mas a batalha pelo protagonismo político em Madrid - e, no futuro, muito possivelmente pela liderança do partido - encontrou na remodelação do Passeio do Prado mais um motivo de braço-de-ferro. Gallardón defendia o projecto de Siza. Esperanza, que prometeu à baronesa, caso ganhasse as eleições, um novo museu para a sua enorme e valiosa colecção de arte, garantiu que nem uma árvore seria cortada.
Os representantes da equipa de Gallardón explicaram que a única proposta da baronesa, que surgiu quando o projecto já estava finalizado, consistia em construir um túnel, reservando o Passio do Prado exclusivamente para os peões. Juan Hernández de León, o arquitecto que assina o projecto com Álvaro Siza, respondeu com ironia: "É falso que se vá construir uma auto-estrada diante do museu. Mas também não precisamos de mais túneis em Madrid." Referia-se a uma gigantesca obra, a M30. Trata-se de uma circular da cidade, com um túnel de vários quilómetros, que desvia o trânsito do centro, possibilitando assim a esperada redução de faixas no Passeio do Prado, mas cuja construção perturbou, até ao desespero, a qualidade de vida dos condutores madrilenos.
Percebendo que a sua (considerável) influência política não chegava, a baronesa decidiu, no ano passado, protestar diante do Museu Thyssen. Estava vestida com um fato branco (calças e casaco), os lábios bem pintados de vermelho, o cabelo loiro penteadíssimo, e rodeada de vários guarda-costas. Deixou que os fotógrafos disparassem as máquinas enquanto posava enrolada em correntes, chegando mesmo a prender-se a uma das árvores ameaçadas, dizendo: "Têm de me cortar primeiro um braço a mim, antes de cortarem estas árvores divinas."
O novo e, espera-se, derradeiro projecto de Siza não prevê o corte de qualquer árvore, reduz as faixas de trânsito para três e aumenta o passeio diante do Museu Thyssen de dois metros e meio para dez. A Fundação Thyssen informou num comunicado que não conhecia ainda a nova proposta de Siza. Espera-se agora a reacção da baronesa. |
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