25/04/2006

Árvores da Liberdade


Lisboa, no Largo do Carmo (fonte: Centro de Documentação 25 de Abril -Universidade de Coimbra)

No Porto também subimos às árvores: eu empoleirei-me em cima de um castanheiro-da-Índia em flor, não no dia 25, mas dias depois, quando foi a libertação dos presos políticos, da sede da PIDE, na rua do Heroísmo.
(Hoje parte de lá um desfile com início às 14.30, integrado nas comemorações populares do 25 de Abril)
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2 comentários :

MaD disse...

Há os que subiram às árvores e eternizaram o cravo como o símbolo da libertação e os que não deram por nada, ficaram em casa e, ainda hoje, são alérgicos a tal flor... Ontem, voltámos a comprovar tal alergia.
Obrigado pessoal de Abril. Isto não está bom, mas não foi em vão.
MaD

Anónimo disse...

O portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o portugal futuro

Ruy Belo