Árvores do Fontelo
Integrados num grupo de mais três dezenas de pessoas, visitámos no sábado o Parque Florestal do Fontelo, em Viseu, num percurso guiado por dois professores da Escola Superior Agrária de Viseu >, Manuel Miranda Fernandes e Paulo Barracosa. Um folheto cuidadosamente elaborado, com boas fotos a cores, distribuído no início da visita, resume a história do local - que remonta ao século XII e hoje, além da mata, acolhe um parque de campismo e infra-estruturas desportivas - e assinala as espécies arbóreas mais importantes do Parque.
O que de imediato prende a atenção são os numerosos carvalhos de porte descomunal que se espalham pela mata. Mesmo os mais desatentos não poderiam ignorá-los, tantas as bolotas que juncavam o chão e, como grossa e esporádica chuva, iam tombando das árvores ao menor sopro do vento. Pois é o tempo das bolotas, como já aqui dissemos. Bolotas que hoje pisamos distraídos e a que não damos uso - mas que antes, como nos recordaram os nossos guias, alimentavam animais e gente.
alvarinho
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O que de imediato prende a atenção são os numerosos carvalhos de porte descomunal que se espalham pela mata. Mesmo os mais desatentos não poderiam ignorá-los, tantas as bolotas que juncavam o chão e, como grossa e esporádica chuva, iam tombando das árvores ao menor sopro do vento. Pois é o tempo das bolotas, como já aqui dissemos. Bolotas que hoje pisamos distraídos e a que não damos uso - mas que antes, como nos recordaram os nossos guias, alimentavam animais e gente.
alvarinho
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Boa parte dos carvalhos do Fontelo são multi-centenários, e a mata é de origem natural: além do carvalho-alvarinho (Quercus robur) e do carvalho-negral (Quercus pyrenaica - de que no Porto não conhecemos nenhum exemplar, nem mesmo no Jardim Botânico), outras espécies importantes da nossa flora lá presentes são o medronheiro (Arbutus unedo - representado por vários exemplares de altíssmo porte) e o azevinho (Ilex aquifolium). A denotar algum desleixo na manutenção do espaço, lamenta-se a presença descontrolada de espécies invasoras (como a acácia e a robínia) e parasitas (como a hera).
medronheiro
f.......
medronheiro
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Apreciámos muito o entusiasmo contagiante e o saber dos nossos guias, o modo como combinaram a informação botânica com pequenas histórias, a indignação que exprimiram pela insensibilidade de alguns poderes públicos no trato com as árvores, a preciosa evocação de Aquilino Ribeiro e do seu amor pelas tílias que plantou e viu crescer na sua casa em Soutosa > .
Havemos de lá voltar.
Havemos de lá voltar.
(fotos: manueladlramos)
2 comentários :
já tinha ouvido na rádio falar sobre isto.
da próxima vez que for até viseu não posso perder!
já agora, tenho reparado várias vezes que criticam muito a presença de acácias em jardins e afins. eu como não percebo nada disto gostava que me explicassem o porquê desta obsessão :)
vitorsilva
no.weblog.com.pt
Sobre as acácias- invasoras vale a pena dar uma volta atenta ao site da responsabilidade de uma equipa de investigação ligada ao Departamento de Botânica da universidade de Coimbra, sobre o projecto "INVADER -INVasion AnD Ecosystem Restoration" (Avaliação do potencial de recuperação de ecossistemas invadidos por Acacia e metodologias para controlar a invasão). http://www.uc.pt/invasoras/index.htm
(O passeio a Viseu valeu mesmo a pena!!!! :-)
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