Maçãzitas
Para além de uma glicínia e de uma buganvília, no minúsculo jardim onde passo agora muitas horas dos meus dias, cresciam duas árvores: uma japoneira ainda jovem e um enorme ligustro que se erguia paredes meias com a vizinha, até aos telhados das casas. Ao fim de quase um ano de convívio e cumprindo o que desde o início lhe tinha destinado, o ligustro foi retirado, e precisamente no dia 25 de Novembro passado (data escolhida por brincadeira por causa do provérbio "À la Sainte-Catherine, tout bois prend racine"), plantámos uma pequena macieira ornamental, Malus Evereste de seu nome abreviado, carregadinha de maçãzitas vermelhas. Linda!
Os frutinhos duraram apenas até aos últimos dias de Dezembro: os melros e pardais deliciaram-se até ao fim e não deixaram que eles abrilhantassem o jardim em Janeiro e Fevereiro, como prometido. Na Primavera, a árvore encheu-se de cachos de flores, primeiro róseas e depois brancas, fazendo jus aos seus antepassados (na génese complicada deste híbrido denominado Malus PERPETU ® Evereste, encontra-se uma Malus floribunda).
Entretanto chegados que estamos ao final de Agosto, os frutos ficam de dia para dia mais coloridos, dando-se bem com as flores do solano (Solanum rantonnetii) que teima em espreitar por cima do muro.
Entretanto chegados que estamos ao final de Agosto, os frutos ficam de dia para dia mais coloridos, dando-se bem com as flores do solano (Solanum rantonnetii) que teima em espreitar por cima do muro.
fotos manueladlramos 0908
Em Maio passado, num artigo do jornal I lemos que este tipo de maçãzitas -tristemente designadas por moribundas "pelo povo" de acordo com o referido texto- começa a encontrar o seu lugar nas criações dos novos chefes portugueses (ver aqui também). Em língua inglesa as macieiras que produzem frutos deste calibre, incluem-se no grupo das «crab trees, crabs, wild apples, and schoolboy apples, crabapples» (fonte > ), entrando estas maçãs desde há séculos no rol da "stapple food" das populações da Europa do Norte. Este ano vou disputá-las aos melros e até já arranjei mais algumas receitas.
Em Maio passado, num artigo do jornal I lemos que este tipo de maçãzitas -tristemente designadas por moribundas "pelo povo" de acordo com o referido texto- começa a encontrar o seu lugar nas criações dos novos chefes portugueses (ver aqui também). Em língua inglesa as macieiras que produzem frutos deste calibre, incluem-se no grupo das «crab trees, crabs, wild apples, and schoolboy apples, crabapples» (fonte > ), entrando estas maçãs desde há séculos no rol da "stapple food" das populações da Europa do Norte. Este ano vou disputá-las aos melros e até já arranjei mais algumas receitas.
4 comentários :
Estas cabem mesmo na cova de um dente...
Seja bem aparecida mais as suas maçãzitas e o seu cantinho!!!
Abçs da bettips
Olá boa tarde. Adoro maçãs ...gostaria que me informasse onde posso encontrar uma malus everest. Cpts
Não sabemos. A pessoa que escreveu este texto (e plantou a árvore) não colabora no blogue desde 2009, e não temos o contacto dela.
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