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16/04/2007

Chinese fringe-flower



Loropetalum chinense var. rubrum - Parque Biológico de Gaia

17/03/2007

Abotoando

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Liquidâmbar a florir em frente à minha varanda

Começaram a brotar há cerca de dez dias: de início parecem umas pequenas gotas brilhantes, uns simples pontos de luz cativando o olhar... Mas como não choveu e o sol vai bem alto, a hipótese de serem vestígios de chuva ou de orvalho é rapidamente posta de lado. Em breve, com o seu afilar e a progressiva transformação em pequenas candeias douradas, confirma-se a expectativa: o liquidâmbar está de novo a abotoar, e os pontos de luz mais não eram do que os gomos das suas flores.

São sempre estas que rebentam primeiro: no mesmo raminho encontramos um cacho erecto de inflorescências masculinas, na base do qual pende uma esferazita esverdeada, um pouco mais clara, constituída pelas flores femininas, agrupadas num capítulo globoso. Só depois surgem as folhas, fazendo com que toda a árvore pareça enfeitada com uns "laçarotes".

Estas flores, nuas, desprovidas de pétalas vistosas, nos manuais e sites da especialidade, são por vezes desdenhadas do ponto de vista ornamental e consideradas "sem interesse". Realmente podem passar despercebidas, sobretudo para quem não sabe (bem diz o velho aforismo que quem não sabe é como quem não vê). Em frente à minha varanda, é um dos espectáculos mais interessantes que me é dado contemplar e ainda agora começou!

Outros apontadores:

  • Imagens legendadas das flores do liquidâmbar (Dep. de Botânica da Universidade de Wisconsin-Madison.
  • Descrição e belíssimas fotos das flores (no Flickr, autoria de Ken King)
  • Liquidâmbares no Dias com árvores.
  • 05/12/2006

    Liquidâmbar-da-Formosa



    Numa das últimas visitas que fiz ao Jardim Botânico do Porto, antes de ele encerrar para obras, detive-me numa pequena árvore a que antes não prestara atenção: fazendo par com outra da mesma espécie, encontrava-se no limite nordeste do arboreto, perto dos degraus enfeitados com uma glicínia. Deveriam ter sido plantadas há pouco tempo, e não estavam ainda etiquetadas; a sua pequenez e a vegetação densa (e descuidada) em seu redor facilmente as tornavam despercebidas - além de dificultarem, como se vê pela amostra, uma boa foto de corpo inteiro.

    As folhas fazem lembrar as dos liquidâmbares comuns, mas com três lobos em vez de cinco. As referências consultadas sugerem que os dois exemplares pertencem a uma das espécies Liquidambar formosana ou L. acalycina, mais provavelmente à primeira delas. Originário da China (e não apenas da Formosa), onde pode atingir alturas de 40 metros, o Liquidambar formosana é raro na Europa, onde parece existir apenas em colecções botânicas; e o L. acalycina, também chinês, é mais raro ainda. Não pude ver este ano se o colorido outonal destas árvores é comparável ao da sua congénere norte-americana; mas em 2007, com o Jardim Botânico já renovado e reaberto ao público, não hei-de falhar a inspecção.

    04/12/2006

    Os nomes das árvores- Liquidâmbar


    Liquidambar styraciflua- Palácio de Cristal, Novembro 2000
    Nestas fotografias podem ver-se os ramos caracteristicamente suberificados, as folhas parecidas com as dos áceres e o frutos aglomerados.

    No Porto, os liquidâmbares são muito usados como árvores ornamentais. Encontram-se alguns de porte notável- destacando-se entre esses o monumental exemplar do Jardim Botânico, a belíssima alameda de Serralves (já aqui retratada em Novembro e em Dezembro ) e os da Rotunda Boavista . Dificilmente passam despercebidos no Outono e não deve haver nenhuma outra folhosa que ostente, por vezes simultaneamente, uma tão grande variedade de tons de verde, amarelo, laranja, vermelho.

    São quatro as espécies que o género abriga: duas da China, uma da Ásia Menor e uma da América do Norte. A espécie americana, Liquidambar styraciflua > , é a mais usada como árvore ornamental, na Europa onde aportou proveniente da Virgínia, no início do século XVIII.

    Tal como em Espanha > , entre nós é conhecida por árvore-do-âmbar e sobretudo liquidâmbar, termo homónimo da designação científica para o género, utilizado pela primeira vez em francês por Dalechamps > , na Histoire générale des plantes > em 1615, como conta J. Brosse no seu Larousse des Arbres et des Arbustes.

    Conhecida no continente norte-americano por sweetgum, os franceses chamam-lhe, para além de liquidambar, copalme d'Amérique. Em azteca copali designava genericamente a resina extraída de certas árvores- significado idêntico ao de "styrax" de que deriva"styraciflua", o designativo da espécie. Tanto a designação científica como os nomes vulgares aludem a esta seiva balsâmica cor de âmbar, a sua resina aromática, uma goma utilizada em perfumaria e farmácia sob o nome de estóraque*. Refira-se, por curiosidade, que foi usada na experiência que levou à descoberta acidental do polistireno > .

    Outras designações > para o liquidâmbar e para a sua madeira > .

    *O termo também se usa para designar resinas provenientes de outras árvores: pertencentes ao próprio género Styrax > e, segundo esta fonte > , a resina do Myroxylum balsamum.