"Pelouse au repos"
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Em Portugal vêem-se letreiros mais do género "não pisar", "não jogar à bola" etc. , mas em Paris (e desculpem-me o provincianismo de estar sempre a falar desta minha recente visita) é frequente encontrar este letreiro anunciando que a relva se encontra a repousar.
O que faz com que as pessoas escolham outros canteiros para se estenderem, sentarem, brincarem, lerem e respeitem o repouso da relva.
Mas esta utilização dos espaços relvados é possível porque na grande maioria dos parques e jardins, nomeadamente os de "proximidade" -que lá se chamam "squares" (espantoso os franceses, tão ciosos do seu idioma, ao ponto de já terem interiorizado palavrões como "toile" e "numérique", continuarem a utilizar este anglicismo para designar os seus "jardins de quartier"!), os cães, "mesmo com trela" não podem entrar!
Não me perguntem como fazem os donos e os pobres canídeos, mas que as ruas não estão sujas como cá, onde os animais podem usar todos os canteiros e relvados mais os passeios, não estão.
Quanto à água que se gasta com estes maravilhosos relvados isso é outra questão.
(Bem, tudo isto a propósito da troca de comentários aqui).
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2 comentários :
Eu também gosto de jardins, imagine-se! E de relvados e de árvores e, até, de canteiros. Mas não é isso que quero dizer, apenas que nunca passeei os meus cães sem estar munido de material para recolha dos respectivos dejectos, se fosse caso disso. Nem sei por que o digo, pois parece-me ser a única atitude possível, ou seja, não estou a contar nada de especial, muito menos a gabar-me. Os problemas deste país passam sempre pelo défice de civismo.
Creio que os jardins de Paris, bem como as valetas das ruas, são regados com água resultante da depuração dos esgotos nas ETAR. Vi este sistema a funcionar também no sul da Austrália (com clima e regime de chuvas semelhantes aos da região mediterrânica). Isto implica a existência de duas redes de distribuição de águas nas zonas urbanas (uma para consumo humano e outra para regas, lavagens de ruas, carros, ...). Desconheço se, em Portugal, se dá alguma utilização às águas que saem das ETAR. JL
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