«Aliados encheram-se de flores»
É com este título que a Câmara do Porto noticia a Festa das Flores que, no passado sábado, entre as 10h00 e as 16h00, decorreu na placa central da avenida dos Aliados, outrora um espaço ajardinado, hoje convertido em monótono terreiro de granito. Depois deste arranque, o evento será retomado com periodicidade mensal entre Março e Outubro: haverá flores nos Aliados oito dias em cada ano, em vez dos 365 a que a cidade se habituara.
Além da mostra e curso de artes florais - uma componente da festa que só ganha em ser reforçada -, o evento consistiu em duas dezenas de barracas vendendo ramalhetes de flores importadas da Holanda. Preferindo eu as flores vivas num jardim, a festa não combinava muito com o meu gosto; mas é legítimo que haja quem goste de enfeitar a sua casa com arranjos florais. Só que chamar festa a uma feira onde se vendem exactamente os mesmos produtos holandeses que se encontram em qualquer florista é algo desajustado. Em Portugal não há viveiristas? A própria Câmara não poderia aproveitar a ocasião para dar a conhecer à cidade a vasta produção do Viveiro Municipal? Para que a iniciativa venha a ser «uma referência na cidade», como é desejo expresso do Vereador do Ambiente, a Câmara terá que ser muito mais criteriosa na selecção dos futuros participantes.
8 comentários :
Paulo, desculpa o off-topic, é só para dizer que tenho as primeiras feijoas
Já tinha lido na agenda cultural de um jornal que ia haver esta "festa". "Festas" destas há muitas, "festas" destas são sempre que um palhaço quer, ou, neste caso, sempre que um Vereadorzinho quer. A mim estas "festas" dão-me à volta ao estômago. Não pelas barracas de flores em si, mas mais pelo historial "barraqueiro" da saga dos Aliados. Sinceramente, esta festinha das flores... até parece que estão a gozar com as pessoas. Ou a memória é curta ou o vereador é parvo. Se bem que uma coisa não invalide a outra.
A ignorância, invariavelmente, tem destas coisas. E ela própria combina muito bem, como roupas da melhor etiqueta, com a má fé. A Câmara poderia reduzir-se ao silêncio, por mera questão de senso comum. É dos manuais que, por prudência, os ignorantes se abstenham da pronúncia sobre o que não sabem. A vereação, não sabendo nada, quer fazer crer que sabe tudo. Uma mera questão de mau ambiente, ainda que "florido"!
Que mau gosto! O Porto no seu pior.
Só lá faltam as flores de plástico!
Na verdade, será que "gastam menos" do que cuidar de canteiros? Será esta a cultura/ambiente que estão, como dizem, em vias de implementar, calando tudo o resto? Nem vê-los!
ai que já abateram os plátanos da Póvoa...é triste. O cenário é desolador. Mais uma informação para o Dias-sem-árvores.
Que pena! Uma ideia tão bonita, encher de flores uma avenida majestosa...
Até sempre!
Aliados" dos anos 60!...
Saudades à parte, diz-se agora, "mudam-se os tempos mudam-se as vontades". Só que as "vontades" de quem manda não podem ser contra as "vontades" das pessoas em geral, as que dão vida a uma cidade que se preze.
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