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24/10/2007

"Arrogância Castigada... mas ainda não os arrogantes"










A ler no PNED:
«Quem acompanhou o combate de diversas associações e cidadãos contra a forma como se destruíram os jardins dos Aliados e a sua calçada portuguesa sabe com que arrogância, autoritarismo, desprezo e até chacota várias "autoridades" e "personalidades" se referiram a essas associações e cidadãos por mais do que uma vez, e como até, muitos meses depois, chegam a invocar o facto de uma juíza ter assinado a petição respectiva para porem em causa a sua imparcialidade...

Pois bem. Segundo o JN de hoje (julgo que a notícia está reduzida online sendo a edição em papel bem mais explícita), um estudo encomendado a uma firma de consultadoria britânica para ver se conseguem "animar" os Aliados, chegou à conclusão brilhante (devem ter lido o blogue que os "contestários" criaram na altura e outros documentos de idêntica proveniência...) de que é necessário criar zonas de sombra na Avenida e recantos de repouso bem como (e já que não existe agora solo teria que ser em floreiras...) canteiros floridos. Mas, claro, sob supervisão do "arquitecto". Talvez, podemos nós imaginar, ele não ache agora "rodriguinhos" as tais floreiras e queira contribuir para "recuperar" os "aliados acabadinhos de recuperar"!

Belo puxão de orelhas à arrogância mas ainda não aos arrogantes, perante os quais, por enquanto, ainda continuam os salamaleques.
Saudações cordiais, JCM »

Aliados fora da rota das compras- no JN

22/02/2007

Magnólias no Dias com Árvores


Magnólia da praça da Liberdade -clique para aumentar (mais fotos)

Nota: estas são as de folha caduca; ver as outras aqui

14/11/2006

«Aliados encheram-se de flores»



É com este título que a Câmara do Porto noticia a Festa das Flores que, no passado sábado, entre as 10h00 e as 16h00, decorreu na placa central da avenida dos Aliados, outrora um espaço ajardinado, hoje convertido em monótono terreiro de granito. Depois deste arranque, o evento será retomado com periodicidade mensal entre Março e Outubro: haverá flores nos Aliados oito dias em cada ano, em vez dos 365 a que a cidade se habituara.

Além da mostra e curso de artes florais - uma componente da festa que só ganha em ser reforçada -, o evento consistiu em duas dezenas de barracas vendendo ramalhetes de flores importadas da Holanda. Preferindo eu as flores vivas num jardim, a festa não combinava muito com o meu gosto; mas é legítimo que haja quem goste de enfeitar a sua casa com arranjos florais. Só que chamar festa a uma feira onde se vendem exactamente os mesmos produtos holandeses que se encontram em qualquer florista é algo desajustado. Em Portugal não há viveiristas? A própria Câmara não poderia aproveitar a ocasião para dar a conhecer à cidade a vasta produção do Viveiro Municipal? Para que a iniciativa venha a ser «uma referência na cidade», como é desejo expresso do Vereador do Ambiente, a Câmara terá que ser muito mais criteriosa na selecção dos futuros participantes.

02/08/2006

Fábula sizenta do Lobo e da Avozinha

(Depois dos Aliados, chega em Novembro a vez de Vidago...)

Capuchinho Vermelho nunca se arrependeu de ter adjudicado ao Lobo a requalificação da Avozinha. Desde então pode, sem vergonha, passear de braço dado com ela nas praças da cidade. Quem conheceu as rugas e a doçura da Avozinha, o buço que lhe sombreava o lábio, admira-lhe agora a face lisa e escanhoada, fixada num meio-sorriso altivo; o cabelo, antes alvacento e repuxado em concha atrás da nuca, cai agora, liso e sizento, sobre os ombros já não cobertos por coçado xaile de lã. Desapareceram os pavorosos vestidos de cores claras estampados com padrões florais para darem lugar ao sóbrio minimalismo de uma blusa e mini-saia sizentas às riscas. O chlop-chlop arrastado das chinelas foi substituído pelo percutir seco dos sapatos altos. E que dizer das intermináveis histórias do seu tempo que a Avozinha infligia a quantos ouvintes agarrava, enquanto Capuchinho, vermelha agora de embaraço, lhe ia puxando pela manga? A Avozinha, felizmente, já não conta histórias, pois a requalificação mudou-a por dentro e por fora: na verdade pouco fala, quase se limitando a discretos gestos de assentimento; só uma vez por outra deixa escapar que ouve, lê e concorda com os nossos maîtres à penser da TV e das colunas de opinião dos jornais.

Capuchinho Vermelho está mesmo muito contente com a sua Avozinha requalificada, e não perde nenhuma ocasião para recomendar os serviços do Lobo às suas amigas. Há só dois ínfimos grãos de areia que não chegam a emperrar a roda da sua felicidade. O primeiro é a mini-saia da Avozinha, realmente muito curta; mas, ao reparo que Capuchinho lhe fez, o Lobo apenas resmungou «está bem assim, depois cresce». Capuchinho nem se atreveu a sugerir ao Lobo que, não aceitando ele alongar a mini-saia, bem poderia ter trabalhado mais as pernas. O segundo grão de areia manifesta-se à noitinha, quando Capuchinho e Avozinha, sentadas no sofá lado a lado, de comando em riste, vêem o plasma de grande formato saltar de canal em canal como antes viam saltar as chamas na lareira; é uma dúvida que inquieta Capuchinho por instantes: será esta Avozinha, que não parece guardar qualquer memória do seu passado (mesmo do passado que ela e Capuchinho viveram juntas), a sua verdadeira Avozinha, carne da sua carne, sangue do seu sangue? Mas logo Capuchinho varre esta dúvida como pieguice absurda. Seja ou não ela a sua verdadeira Avozinha, é indiscutivelmente esta a Avozinha que a contemporaneidade exige.

22/06/2006

08/06/2006

"Total ausência de afectos"

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«É uma tristeza muito grande e um enorme desalento por verificar que não houve nesta cidade uma veemente acção de rejeição àquele projecto. Parece-me que é um verdadeiro cataclismo urbano transformar a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade numa área inóspita.
O que encontramos ali, pretensamente referendado por uma noção de modernidade, é a modernidade mais impessoal que grassa por esta Europa. A modernidade massificada, com falta de alma. Sinto, naquela praça, uma total ausência de afectos.»
Mário Cláudio (in Público Local- 8 de Junho) Ler mais
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19/05/2006

Cinquenta anos



Uma das efemérides assinaladas no último número do Tripeiro é a do cinquentenário no Porto dos oito pinheiros-mansos que, na praça hoje chamada de Humberto Delgado, formam guarda à estátua de Almeida Garrett. Viajaram de Itália, foram plantados a 19 de Maio de 1956, e quando chegaram já eram espigadotes, medindo cada um sete metros de altura. Desde então alargaram a copa, mas verticalmente o seu crescimento foi moderado. Embora embranquecidos de pó e incomodados pela confusão das obras, foram poupados pela onda sizenta que submergiu o coração do Porto. Sorte a deles terem sido plantados por ordem de Fernando Távora, arquitecto respeitado pelos iconoclastas destruidores da avenida.

09/02/2006

A não perder...

porque vale a pena reflectir sobre o que se está a passar:

HOJE -Quinta-feira às 17:30 - A "requalificação" da Avenida e da Praça na RTPN
Repetiçao do programa BIOSFERA

«As chamadas requalificações urbanas não deixam de suscitar debate, polémica e mesmo protestos. É o caso da actual requalificação da Baixa do Porto. Neste momento o projecto já está consumado no plano das decisões e as obras caminham para uma irremediável conclusão. Defensores e opositores do projecto falaram com a Biosfera.
Este é o tema que lhe propomos para hoje.»


(imagens do programa BIOSFERA)
Para além dos Aliados e da Praça, é também abordado o caso do Bolhão e o problema da requalificação da Baixa do Porto em geral.

NB: Pode ler algumas das declarações de Teresa Andresen -aqui e de Rui Rio- aqui e aqui.
Os mestres também foram convidados mas não mostraram disponibilidade.

12/01/2006

Licença para florir

Chegou-nos ao conhecimento, não porque nos informassem mas sim porque a procurámos, a primeira boa notícia de todo o desgraçado processo de destruição da Avenida dos Aliados / Praça da Liberdade. Respirem fundo... aqui vai: as magnólias da Praça da Liberdade não vão ser abatidas; ficam onde sempre estiveram, e têm, ao que supomos, licença para florir. (Notícia completa, com todos os detalhes picantes, aqui.)

Terá sido o nosso abaixo-assinado, que terminava pedindo a preservação dessas mesmas magnólias, a comover os arquitectos? Não sabemos, porque cá abaixo, aos utentes do espaço público, não chega eco do que os arquitectos ponderam no seu Olimpo, mas apenas o resultado, livre de todo o contágio da leiga opinião, dessas subidas lucubrações.

Mas desta vez, contentes como estamos, não nos apetece refilar: vamos continuar a ter flores na Praça!

(Ouve-se um ruído semelhante ao de um rádio de ondas curtas mal sintonizado. A imagem fica tremida, depois granulada, varrida por ondas horizontais. Finalmente estabilizam som e imagem, mas ambas mudaram: estamos no Templo Sizento, feito de linhas rectas e superfícies lisas; a música é electrónica e monótona.)

- Ouvi bem o que disseram lá em baixo? Flores na Praça? Não lhes tinha dito para acabarem com essa pirosice?

- Terá havido algum lamentável equívoco, Senhor Arquitecto. Mas não são flores rasteiras, de canteirinho, e sim flores elevadas, que brotam de duas árvores junto à igreja. Além do mais, a floração mais vistosa dura só duas ou três semanas, e no resto do ano as árvores são verdes - e de um verde também elevado, como o Senhor Arquitecto mandou.

- Ah bom. Por esta vez passa, mas nada de repetirem a graçola.

25/11/2005

"ACABOU. Já não há jardins!"

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A destruição inqualificável do que restava da Avenida dos Aliados
24 de Novembro de 2005 -uma data "sizenta" que ficará nos anais da história da cidade

Fotos e mensagem recebidas nos ALIADOS a meio da noite:
«São 3 da manhã e não consigo ir dormir sem desabafar.
Como sou obrigado a passar a todo o tempo por a amada avenida, ao ver esventrá-la senti que de facto era a mim que o estavam a fazer; de máquina fotográfica em punho lá fui registando o prevísivel assassinato, tentando não me emocionar.
ACABOU. Já não há jardins.
Os portuenses do séc.XXI são masoquistas e sentem-se felizes a dizer mal. Estou mesmo a ver os partidos e figuras emblemáticas a criticar quando a obra estiver pronta, sem contudo nada terem feito antes.
Só o cromo do jornalista que escreveu uma crónica no JN em que dizia que daqui a 100 anos ninguém estará cá para criticar é que me fez rir. F.F.»

Podem ver mais fotos do crime aqui

19/11/2005

Calçadas no Outono

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Responda se souber: Qual é a calçada mais "amiga do ambiente"?

Publicado também nos ALIADOS

13/11/2005

Trombeta-de-anjos


Foto: pva 0510 - Brugmansia aurea

Ontem, na Praça, soaram tambores, gaitas-de-foles e trombetas, se nos é permitido chamar trombeta a um modesto megafone. Não foi música de anjos, nem esperávamos ser ouvidos no Além: já seria bom se a surdez inflexível que tem afligido uns tantos humanos desse mostras de se atenuar.

11/11/2005

A ler - Um monumento à autocracia

Palavras - Manuel António Pina (No JN)

«Siza Vieira e Souto Moura estão a fazer nos Aliados um monumento à autocracia. A autocracia já merecia um monumento no Porto!

Ora, um monumento à autocracia tem que ser cinzento (e, se possível, "sizento"), que é a cor do posso, quero e mando. E tem que obedecer à regra da autocracia, a uniformidade. Por isso, Siza e Souto Moura conceberam os novos passeios, a nova placa central e as novas faixas de rodagem da Avenida, onde até aqui reinava uma perigosíssima diversidade (até flores havia na placa central!), do modo mais uniforme que puderam granito cinzento, granito cinzento e granito cinzento. Coexistiam por ali, diversamente, uma Praça do General Humberto Delgado, uma Avenida dos Aliados e uma Praça da Liberdade; Siza e Souto Moura tornaram tudo numa coisa só: assim a modos que um Rolex "made in Taiwan". Dessa maneira, os portuenses sempre poderão ir a Paris sem sair de casa. E como a calçada à portuguesa é também excessivamente diversa e excessivamente portuguesa, decidiram fazer-lhe o mesmo que às árvores e às flores, arrancá-la e uniformizá-la. O Porto terá uma Avenida de uniforme "signé Siza". Para tudo ficar uniformemente perfeito, só falta obrigar os portuenses a pôr fato cinzento quando vierem os fotógrafos das revistas de arquitectura.»

03/11/2005

Perplexidade

Aqui o cidadão comum começa a interrogar-se quem deixou, sem metafísicas culturais nem objecções legais, destruir e subverter o espírito do Jardim da Cordoaria (numa operação que ficará nos anais do desrespeito pelo Porto), consentiu a destruição da Praça dos Leões, aceitou o corte dos belos plátanos centenários de Parada Leitão e se calou perante a transformação do Jardim da Relação em eira de pedra? Quem não se perturbou com tais projectos e deixou arrasar a Praça de Gonçalves Zarco e colocar a estátua de D. João V em cima de uma tábua de passar a ferro? E quem aprova que, um dia destes, a Avenida dos Aliados e a Praça apareçam travestidas e desvirtuadas em mais uma requalificação contra o espírito da cidade?

Hélder Pacheco, no JN de hoje

25/10/2005

"Aux Champs Élysées..."

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Avenida dos Campos Elísios (Agosto 2005) com as suas múltiplas filas de árvores talhadas caracteristicamente "à la marquise" : na extremidade Este o Arco do Triunfo, e no lado oposto a "Place de La Concorde" que dá acesso ao "Jardin des Tuileries" .
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Sempre que os arquitectos ou outros responsáveis se dignam falar da "requalificação" que estão a querer impôr na zona mais emblemática da cidade do Porto (e que, alegadamente, se anda lá a "burilar" há mais tempo do que pensávamos...), não faltam exemplos de praças e avenidas estrangeiras. Até com uma fonte inspirada em modelo parisiense nos querem presentear; assim como francês, mais concretamente como os dos Campos Elísios, pretendem que seja o "corredor de árvores" da Avenida dos Aliados, onde se projecta "subir o verde", eliminando-o do chão.
Cores e flores? Nem vê-las! Até porque (dizem eles) «"Nos Campos Elísios (Paris) não há canteirinhos", acrescentou Souto Moura, mostrando uma fotografia do coração da capital francesa.(...)»

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Pois não! Ladeando um terço da grande avenida há um lindíssimo jardim cheio de relvados e canteiros floridos, fontes, e árvores centenárias!

"Eh bien! Ça alors !? Oh la, la..."

«Aux Champs-Elysées, aux Champs-Elysées
Au soleil, sous la pluie, à midi ou à minuit,
Il y a tout ce que vous voulez aux Champs-Elysées ...»
(Joe Dassin; paroles et musique de Pierre Delanoel)
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