A música barata
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Paloma, Violetera, Feuilles Mortes.
Saudades do Matão e de mais quem?
A música barata me visita
e me conduz
para um pobre nirvana à minha imagem.
Valsas e canções engavetadas
num armário que vibra de guardá-las,
no velho armário, cedro, pinho ou...?
(O marceneiro ao fazê-lo bem sabia
quanto essa madeira sofreria.)
Não quero Handel para meu amigo
nem ouço a matinada dos arcanjos.
Basta-me
o que veio da rua, sem mensagem,
e, como nos perdemos,
se perdeu.
Carlos Drumond de Andrade (Antologia Poética, 1962)
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1 comentário :
Uns dias de ausência mas nunca se perde o importante de vós. Iremos ver mais fotos do Jardim Botânico de Coimbra? Ah...deve haver um alforge de novidades... Abç
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