06/07/2004

À sombra de árvores com história

Finalmente saíu o livro!
«Neste livro falam-se de algumas árvores marcantes da cidade do Porto, fazendo a sua história e a dos espaços onde elas vivem, e invocando as figuras humanas a quem devemos a sua presença. Ao contrário do que sucede noutros livros, onde, falando-se de jardins, se esquece a matéria viva de que eles são feitos, no nosso livro as protagonistas são as árvores. Quanto a pessoas, há três vultos da segunda metade do séc. XIX a quem o Porto e os seus jardins muito devem, e que, por o seu âmbito de acção não ter sido a literatura, a academia ou a política, são injustamente apagados da história da cidade: falamos de Alfredo Allen, José Marques Loureiro e José Duarte de Oliveira Júnior. Dos actos e das palavras destes homens se dá, neste livro, abundante testemunho.»
A edição é da Campo Aberto. Mais informações aqui.
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Adenda:
Referências ao Livro- Na Imprensa:

Agosto 2004- Crónica de Bernardino Guimarães no JN: «Este livro transmite, a quem o lê, isto e muito mais - um valor perene que é preciso salvaguardar: a silhueta das aráucaria-de-Norfolk centenárias, as sequóias-gigantes, os ginkgos (consideradas fósseis vivos), plátanos, tílias, magnólias, carvalhos, cedros do Líbano e do Atlas, casuarianas e ciprestes diversos. As suas vidas - História natural, plenamente dentro da nossa História. Sacrificadas muitas vezes à ignorância e ao novo riquismo, mas resistentes na sua beleza: metrosíderos enfrentando o vento e o mar da Foz, camélias e jacarandás que florescem. A esperança é feita disso.»
Texto completo >aqui.

14 de Setembro de 2004- Recensão no Jornal de Letras : «Excelente livro - diga-se sem hesitações. Além do mais porque, à partida, a sua substância é capaz de deixar indiferentes aqueles que frequentam os escaparates das livrarias, folheando. Ora o livro em apreço o que fala é de... árvores. Não quaisquer: as que têm história. E não de um sítio banal por aí: o Porto. Juntando tudo, temos uma obra preciosa como contributo para a história de uma cidade e, já agora, como contributo também para um maior respeito pelo património. Do património, sim, porque as árvores são dele parte significativa. Sobretudo se, como é o caso, à sombra delas muito podemos aprender, Porque têm a ver com jardins, com homens e mulheres (alguns ilustres) que os frequentaram, com mil outras coisas mais. Louve-se este livro, pois: bem escrito, bem informado (até do ponto de vista científico), bem ilustrado, bem prefaciado (por Manuel António Pina).»

Referências ao Livro- Na Net

Dezembro 2004 - JPP no Abrupto :«A MINHA LISTA DE NÃO-FICÇÃO NACIONAL DE 2004- (Por ordem alfabética) Paulo Ventura Araújo / Maria Pires de Carvalho / Manuela Delgado Leão Ramos- À Sombra de Árvores com História, Porto, Campo Aberto, 2004 ..(Um livro de amadores, no grande sentido da palavra, dos autores do blogue Dias com Árvores, para vermos as árvores e o Porto.) (...) »
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Junho 2005 - Francisco José Viegas no Aviz : «Um dia destes, no Livro Aberto, dei com este livro. Tinha andado desatento, mas felizmente a sorte favoreceu-me. O livro é de Paulo Ventura Araújo, Maria Pires de Carvalho e Manuela Delgado Leão Ramos e leva o título À Sombra de Árvores com História (publicado pela Campo Aberto ainda no ano passado, 2004). Eu não sei o que é necessário para que o Porto (a cidade, a Câmara, os portuenses, nunca se sabe) inclua o livro na sua bibliografia fundamental. Mas a verdade é que um livro destes, assim, faz parte da história da cidade. O inventário das árvores históricas do Porto (para quem não sabe, há um inventário de árvores centenárias portuguesas realizado e publicado pelos serviços do Ministério da Agricultura) é um acontecimento e um marco que devia ser assinalado. Eu faço-o com atraso, mas o defeito é meu. Distraído com romances, não tinha dado por estas fotografias de jacarandás, magnólias, metrosíderos, ciprestes, plátanos, araucárias, cedros do Líbano e do Atlas, tílias, carvalhos e ginkgos, tudo espalhado pela cidade, em praças, ruas, jardins, colinas, passeios junto à água do Douro ou do mar. Parabéns ao Dias com Árvores. Oxalá pudessemos merecer essa homenagem, de cada vez que passeamos pela cidade e de cada vez que gostamos de as ver, às árvores.»

(Comentários :que boa surpresa ontem quando fui ao rivoli ver este livro na livraria que aí existe. vitorsilva # posted by Anónimo : 28/11/04 17:16

O protagonismo dado na imprensa a livros sobre a natureza/meio ambiente é diminuto. Veja a publicidade dada a "Guia das Aves" da Assírio & Alvim. Um excelente livro para ofereçer no Natal, por ex..Este livro é excelente, principalmente para portuenses amantes das Àrvores, e que lindas que existem no Porto! Um belissímo livro este!(também sou um principiante...)Parabéns aos autores e à Campo Aberto. # posted by Anónimo : 22/12/04 22:22

Uma pedrada no charco que é no fundo o marasmo ou cinzentismo das edições nacionais. Cinzentas de facto como os cubos de granito da Av dos Aliados!!!Livros de promoções pessoais e pouco mais já pouco interessam às novas gerações.
Este livro - "à sombra de árvores com história" promove a preservação do património arbóreo e paisagístico não só portuense como transmite e divulga o infinito gosto pelas árvores que todas as pessoas podem cultivar em si mesmas.Só espero que outros editores abram os seus horizontes e promovam conteúdos como o deste livro. Parabéns a todos os responsáveis.
Mário Pessegueiro # posted by Mário Pessegueiro : 27/8/05 18:59 )

4 comentários :

Anónimo disse...

Muitos parabéns! HVB

João Soares disse...

Dias com árvores são dias muitos bem passados...uma obra egrégia, sem dúvida.
Prossigamos, amigos, na preservação das árvores...também monumentos e património!!!

Anónimo disse...

betania comenta:
Não tenho acesso a não ser como anónima, mas acho muito
interessante este vosso "recanto". Aqui betania que para mim não é um nome, mas um "estado", um "lugar" onde
me sinto bem e me encontro comigo mesma.
Já dei uma voltinha pelo Naturalink e tem "material" que
me interessa muito mesmo. Embora eu sinta a vida, a terra, as espécies duma forma muito espontânea porque nasci no campo, partilhei a minha infância com os bichos e há uma empatia muito grande entre nós. para mim
as árvores falam, ou melhor comunicam e qd digo isto a
certas pessoas riem, zombam.
Todos os dias nas cidades e aldeias se abatem árvores
sem o menor respeito por elas nem por nós mesmos, pois
precisamos delas para sobreviver.
Beijinhos

Anónimo disse...

que lindo nome: faz-me lembrar botania