"Total ausência de afectos"
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«É uma tristeza muito grande e um enorme desalento por verificar que não houve nesta cidade uma veemente acção de rejeição àquele projecto. Parece-me que é um verdadeiro cataclismo urbano transformar a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade numa área inóspita.
O que encontramos ali, pretensamente referendado por uma noção de modernidade, é a modernidade mais impessoal que grassa por esta Europa. A modernidade massificada, com falta de alma. Sinto, naquela praça, uma total ausência de afectos.»
Mário Cláudio (in Público Local- 8 de Junho) Ler mais
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10 comentários :
Agora que estão quase acabadas as obras, devo dizer que gosto da nova avenida dos aliados.
Perdem-se umas coisas, ganham-se outras. E as magnólias continuam lá...
perdem-se umas coisas ganham-se outras...
exemplo do que se perdeu: respeito pela cidade e pela opinião de quem queria ser ouvido ;-(
exemplos do que se ganhou: o metro; o eléctrico; espaço para andar; uma alternativa à passagem subterrânea em frente à estação de S.Bento; uma calçada típica do porto; candeeiros bonitos; uma iluminação bem agradável à noite...
Pois há sempre quem não dê tanto peso a certos valores como a democracia, o respeito, o cumprimento da lei... Basta ver o que aconteceu!
E que fique bem claro: o metro podia existir na mesma sem se destruir e desvirtuar o espaço.
Quanto ao resto senhor Diogo bom proveito, já que pode gozar o espaço sem desgosto: é decerto o ressultado de uma certa ligeireza no ser, talvez uma certa inconsciência. "Felicidades"
sou um feliz e ligeiro desvirtuoso...
"Pois há sempre quem não dê tanto peso a certos valores como a democracia, o respeito, o cumprimento da lei..."
Há quem não dê tanto peso a certos valores como o respeito à opinião própria e à liberdade de a expressar, à democracia... É decerto o resultado de uma certa arrogância, talvez uma certa inconsciência.
Felicidades não se desejam entre aspas, ou se desejam ou não.
Isto para dizer que também me sinto atacada, finalmente consigo gozar a Avenida mas não parece que o possa dizer.
Pois eu passei por lá e acho aquilo bem piroso. Chamar granito tipico do Porto àquela pedra deslavada e polida, francamente... E o tanque de fundo azul bébé tipo piscina, um horror. Já o meu marido gostou imenso (ele não é de cá) e o meu filho como só pensa em fazer skate está delirante.
Celeste S.
Caros comentadores anónimos (porque é isso que são, não é?): sejam muito bem-vindos.
A ideia anteriormente expressa de não se poder dizer a opinião, caso se discorde de quem acha a "requalificação" um verdadeiro atentado ao património e ao ambiente, não será errada?
Tanto pode que está aberta a caixa de comentários.
Agora também há que aceitar a discordância.
Há quem goste e há quem não goste. E há quem para além disso consiga fundamentar o seu desgosto. São inúmeros os casos e faço sempre questão de os divulgar; o que a seguir indico há-de ficar para a História:
"O que está em causa não é só reinventar a Avenida, é falsificá-la"
por Hélder Pacheco professor e escritor - no Jornal de Notícias .
Como já comentei noutro sítio, esperamos sinceramente que na "nova" Avenida as árvores consigam vingar, que sejam colocados bancos confortáveis, que surja animação consequente, que os responsáveis se redimam do vergonhoso desleixoa que anteriormente votaram este espçao emblemático da nossa cidade.
Esperamos que se encha de gente e se torne aprazível.
(Esperamos mas não perdoamos.)
tudo isso é o que espero e desejo que aconteça, até porque vivo mesmo aqui ao lado.
sim, tento manter uma atitude positiva em relação ao que foi feito, mesmo que isso se possa confundir com ligeireza.
'Tou de passagem mas não resisto a dizer a mdlr que "deixe lá" os comentários, nem são para responder, pois há sempre quem gosta e quem não gosta, felizmente mesmo nada. Diálogos depois do autismo destes meses, é impossível. A palavra democracia serve até para revolver uma avenida que era de nós todos, em nome de nós todos! Ora bolas, ninguém contesta o "metro", contesta-se o que serviu de cobertura para gastar dinheiro "escusadamente", como diria a minha avózinha. Deixar assinatura. No chão. Aí estão duas belas obras onde se vê "o deserto" dos bárbaros. Só isso. E para terminar, como não me apetece ler vanessas, aqui vai a animosidade anónima. EP
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