20/10/2006
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Jacarandá do Parque de S. Roque, abatido em 2006
Era uma árvore no passeio
e fosse tempo claro ou feio,
havia uma paz de agasalho
dependurada em cada galho.
E foi vivendo. Viver gasta
músculo e flama de ginasta,
quanto mais uma arvorezinha
meio garota-de-sombrinha.
Carlos Drummond de Andrade, Viola de Bolso
Publicada por Maria Carvalho em 20.10.06
Etiquetas: Bignoniaceae , Carlos Drummond de Andrade , Parque de S. Roque , poesia , poesia-árvore , Porto
6 comentários :
Como é que foi possível...
Será que toda gente já entende a forma de vida duma árvore?
Até sempre
Há quem entenda e, tal como nós, ache insuportavelmente tristes os dias sem árvores ...
Por um breve momento até pensei, ao ler porteños, que estes jacarandás também eram de cá do Porto e que os desconhecia... Mas claro que não, sao de Buenos Aires e florescem em Novembro ;-)
Era uma árvore... Especial... Era uma árvore tropical que teve que se adaptar a um clima muito pouco tropical, e árvores como estas não se vêm todos os dias, muitas outras teriam morrido logo nos primeiros Invernos, mas esta árvore foi corajosamente sobrevivendo e ao mesmo tempo alterando a sua natureza de árvore tropical, conseguindo finalmente tornar-se numa magnifica árvore não tropical mas do Porto, que generosamente mostrava ano após ano o seu exuberante florir, pena que quem a matou não tenha reparado que ela era especial.
rosa
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