Plata-nus
Plátanos no Parque da Cidade: Novembro de 2006 / Janeiro de 2007
Para observadores menos treinados, esta é a época em que quase todas as árvores caducifólias se remetem ao anonimato, deixando tombar as últimas folhas como quem descarta o bilhete de identidade. Passar-se-ão meses até que, com o rebentar das novas folhas, lhes possamos restituir os nomes perdidos. Mas nem todas as árvores troçam da nossa ignorância: o plátano, com a franqueza rude que lhe é própria, é tão assumidamente ele mesmo quando despido como quando coberto de folhagem. É que a sua casca (ou ritidoma, para sermos precisos) vai-se continuamente soltando em pequenas lascas, imprimindo-lhe no tronco um inconfundível padrão marmoreado. Verdade esta que pode também ser comprovada nos plátanos jovens que compõem a mais bonita e panorâmica alameda do Parque da Cidade.
1 comentário :
Tenho curiosidade, se não for impertinência minha, em saber se os autores deste "Dias com Árvores" são meros interessados ou académicos/formados em Botânica. Aprecio o vosso rigor científico, conjugado com a vossa escrita literária simples e estilizada.
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