Agenda: "Transnatural"- até 4 de Fevereiro
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«Reunindo obras de 25 autores das áreas da literatura, ensaística, artes plásticas, vídeo e fotografia, que têm como tema ou fonte de inspiração este es paço verde emblemático de Coimbra, "Transnatural" é também o título do projecto pluridisciplinar iniciado em 2004, no Jardim Botânico. Numa edição bilingue da Artez , o livro reúne, entre outras obras, ensaios nos domínios da história, arquitectura, filosofia e ciência. Inclui ainda textos literários e poemas de, entre outros, Hans Christian Andersen ("Uma Visita a Portugal"), Almeida Garrett("Madrugada no Jardim Botânico de Coimbra") ou Luís Quintais ("Tílias"), inspirados neste espaço. (...)»
> Livro e exposição "Transnatural" homenageiam Jardim Botânico de Coimbra (rtp.pt)
Jardim Botânico de Coimbra- Av. das Tílias em Novembro 2006 (e em 2005)
«A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC) inaugura hoje a exposição Transnatural, no Museu Botânico da UC. Será também lançado um livro que, à semelhança da mostra, reúne trabalhos em diversas áreas, da poesia ao ensaio, passando pela fotografia, pelas artes plásticas e pelo vídeo. Trata-se de um projecto pluridisciplinar sobre o Jardim Botânico que apresenta trabalhos de autor, inéditos, e obras de colecções particulares e de instituições ligadas à universidade. Todos os trabalhos são sobre o Jardim Botânico, enquanto espaço cultural, científico e que inspirou também artistas ao longo dos tempos. (...)
A "riqueza histórica e científica" do Jardim Botânico pode ser agora apreciada nesta exposição que reúne obras de 25 autores e que a partir de hoje estará patente no Museu Botânico da UC todos os dias até 4 de Fevereiro.»
> Botânico de Coimbra em exposição e em livro (Público)
Museu Botânico da Universidade de Coimbra
4 comentários :
A parte fotográfica (que é o grosso da exposição), está magnífica, com várias fotos desde o início do séc. XX até aos dias de hoje a fazerem-nos viver com as pessoas que orbitaram em roda do Jardim Botânico. Quanto ao livro, ainda não tive tempo, mas pelo menos de aspecto é uma edição cuidada.
No Publico - 7 de Janeiro
História do Jardim Botânico de Coimbra contada em exposição
Isabel Gorjão Santos
Projecto Transnatural apresenta, a partir de hoje, fotografias de século XIX
ou a poesia de Almeida Garrett
Como era o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra em 1879? O que escreveu Almeida Garrett sobre uma madrugada naquele espaço de ciência e natureza?
Se estas perguntas o deixam curioso, o melhor que tem a fazer é visitar a exposição Transnatural. Está no Museu Botânico, junto ao jardim, e é composta por 70 trabalhos (fotografias, desenhos e vídeos) de 25 autores que lhe contam a história daquele espaço.
Não foi fácil reunir imagens para a exposição: muitas são fotografias do século XIX. Mas foi essa a tarefa a que se dedicou, desde 2004, Paulo Bernaschina. É o comissário da exposição - comecemos por apresentá-lo assim. Mas é também o jardineiro que cuida das árvores e plantas, o fotógrafo que as eterniza, o licenciado em Filosofia que quer transformar aquele jardim em conhecimento.
"Transnatural é uma homenagem ao Jardim Botânico", diz. É redutor defini-la como uma exposição. É antes um projecto que junta fotografia, desenho e vídeo ao ensaio, poesia e literatura.
Foi editado um livro com muitas das imagens expostas, mas também com um poema que Almeida Garrett ali escreveu: "Aqui onde o perfume saudável / Respiro de mil flores, / Como sinto embeber-se-me a existência / Em cada trago destes".
Ou com um texto de Hans Christian Andersen, escrito em 1866, onde conta um passeio pelo jardim "rico em flores raras e árvores."
O projecto Transnatural começou em 2004. Há muito que Paulo Bernaschina considerava que o Jardim Botânico de Coimbra era um espaço que deveria ser aproveitado para algo mais que as fotos de casamentos - para além da actividade científica, claro.
Por outro lado, numa cidade que é "dos estudantes", os eventos culturais esmorecem no Verão.
Foi assim que organizou uma mostra cinematográfica, que já vai na quarta edição. A preocupação foi ter programação adequada ao espaço, por isso foram passados vídeos gravados no jardim, como O jardineiro que não tinha projectos, de Maria Lusitano Santos, ou o Jardim Botânico Revisitado, de Alexandre Ramires.
Hoje, conta com o apoio de uma produtora, a Artez, e do Instituto das Artes, através do programa de apoio a projectos pontuais. Além disso, contou com a colaboração da Cinemateca Portuguesa e do Centro Português de Fotografia.
Depois, foi preciso juntar 25 autores em volta do projecto para dar a conhecer "a riqueza do jardim em termos de biodiversidade e de cultura."
A colecção permanente do museu foi desmontada temporariamente para dar lugar aos desenhos de alunos de arquitectura da Universidade de Coimbra, a outros do artista plástico Francisco Queirós, às fotografias de António Júlio Duarte, André Cepeda ou Susana Paiva, entre outros.
A estas imagens juntam-se outras, como as estereoscopias oitocentistas de Aurélio Paz dos Reis. "Junta-se a história do jardim e a história da fotografia", diz.
Ora Viva Manuela
Que o seu 2007 lhe traga tudo o que precisa, se não puder ser tudo o que deseja...
Abraços
Leonor
Tenho imensa pena de nao poder ver a exposicao - estou nos EUA - mas quero desde aqui elogiar os responsaveis pela composicao e design - Formosinho e Bernaschina. Uma edicao bilingue coloca sempre problemas adicionais. Neste caso, porem, o tratamento de texto e, principalmente, da fotografia, e' de uma elegancia impressionante. Parabens!
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