25/08/2007
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Não tenho mãos para o azul.
Sonho com o mar
que não está longe mas não vejo
arder.
Só a sombra parece estar em casa
debaixo dos meus ramos:
canta baixinho enquanto se descalça.
Eugénio de Andrade, O Outro Nome da Terra (1988)
Publicada por Maria Carvalho em 25.8.07
Etiquetas: Eugénio de Andrade , Moraceae , poesia , poesia-árvore
2 comentários :
Que blog tão bonito e interessante! Parabéns:)à autora!
Quanto a este post...confesso que sempre que vejo uma figueira, a primeira recordação que me invade é acerca do milagre que o suco desta árvore operou sobre algumas verrugas que surgiram nos meus dedos quando tinha cerca de 10 anos! Nas férias de Verão,e depois de diversos tratamentos médicos, um vizinho idoso recomendou-me que durante o dia fosse colocando nos dedos o suco que brotava do caule das folhas da figueira quando arrancadas. Foi o que eu fiz e em apenas 3 ou 4 dias todas as erupções cutaneas desapareceram. Talvez essa figueira ainda exista lá na casa dos meus avós na Beira Baixa...e se for o caso, bem que ela merecia uma fotografia :)
Nasceu-me uma figueira em cada mão.
Da sua sombra posso refrescar-te o peito
Quando respiras o feno d'oiro
das tardes incendiadas na planície.
(Anónimo Alentejano)
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