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19/09/2007

Cupressus lusitanica- Casa de Mateus




fotografias: Setembro 2003
aqui tínhamos mostrado um aspecto deste túnel constituído por Cupressus lusitanica, na Casa de Mateus em Vila Real. Estranhamente, no livro de Ernesto Goes sobre árvores monumentais de Portugal, este exemplar não é referido, apesar de serem nomeadas outras árvores de grande porte desta quinta, como por exemplo este Cedrus deodara.
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Os outros exemplares de Cupressus lusitanica que o autor refere são: o do Buçaco, alguns do Parque da Pena e Quinta de Monserrate, em Sintra; na Quinta da ex-Escola Agrícola de Coimbra; dois exemplares notáveis na Quinta do Eixo, em Aveiro; um na Aldeia dos Dez (concelho de Oliveira do Hospital); e alguns outros, notáveis também pela sua disposição em caramachão: em Lisboa, o do Jardim do Príncipe Real, e o do Pátio dos Restaurante Castanheira Moura, ao Lumiar; no concelho de Torres Vedras, em Runa no Parque do Asilo dos Inválidos Militares; e ainda outro na Quinta anexa à Igreja de Sanfins de Ferreira, no concelho de Paços de Ferreira. Será que ainda existem todos? De qualquer modo aqui ficam registados e na agenda para próximas "saídas de campo".

27/11/2006

Cedro monumental- Mateus


Cedro-do-Himalaia -Cedrus deodara

«No Parque do Solar de Mateus, em Vila Real, um exemplar plantado em 1870, que é constituído por uma rebentação de toiça, com 6 rebentos, cada um com 0,80 a 1 m de diâmetro na base. » Em 1984, Ernesto Goes in Árvores Monumentais de Portugal

13/07/2005

Lagerestroémias dos Jardins da Casa de Mateus

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Lagerstroemia spp. em flor - Casa de Mateus, Vila Real -Setembro 2003

A propósito de uma conversa que se vai desenrolando aqui, lembrei-me destes lindíssimos exemplares de lagerestroémias dos jardins da Casa de Mateus. Assim estavam esplendorosas ao sol nos canteiros bordados a buxo, sobre o fundo da notável sebe-túnel de Cupressus lusitanica.
No Porto já começaram a florir e assim se manterão até ao Outono.

Estas pequenas árvores têm qualidades ornamentais durante todo o ano e não apenas na época da floração de Julho a Setembro. No Inverno são particularmente interessantes a silhueta de ramos tortuosos, e as cores matizadas do tronco de superfície lisa, manchado de castanho, cinzento, rosa e cor de canela, devido a uma casca que, à semelhança do plátano, se fragmenta em placas.

Originária da China, já era cultivada na Coreia e na Índia antes de chegar à Europa em meados do século XVIII, graças ao botânico e coleccionador de plantas, o sueco M. Von Lagerström (1696-1759), Director da Companhia sueca das Índias orientais. Lineu ao baptizar o género de Lagerstroemiae homenageou este seu amigo que lhe enviava exemplares da flora da Índia. Daí a designação "indica" da espécie cultivada em Portugal para fins ornamentais, a Lagerstroemia indica, apesar de ser realmente proveniente da China.

Segundo um amigo (eng. silvicultor) que inquiri sobre o nome vulgar quando tirei estas fotografias há dois anos, em alguns catálogos a espécie aparece referida como "lagerestroémia", com o "aportuguesamento" do nome genérico latino (um processo aliás comum para designar espécies exóticas para as quais o nome vulgar não é ...vulgar), mas em certas publicações de divulgação vem referida como "flor-de-merenda" e "suspiros".
Num livro entretanto publicado, Portugal Botânico de A a Z (de Luís Mendonça de Carvalho & Francisca Fernandes), para além destas, aparece também a designação de "extremosa" e para a L. speciosa, "lagerestrémia", mas não "árvore-de-Júpiter" que parece ser uma denominação também corrente como o demonstra o facto de se encontrar em placas identificativas dos jardins (pelo menos em Guimarães -como nos lembrou MA , e em Leiria).

Outros nomes: à Lagerstroemia indica chamam os franceses "lilas des Indes" (nome por que também é conhecida nesse país a Melia azederach...), para além de "lilas d'été", "lagerose" e "fleur de mousseline". Esta última designação deve-se à forma ondulada das pétalas. O nome inglês de "crape myrtle" deriva não só deste aspecto frisado das inflorescências mas também do facto das folhas, de algum modo, se assemelharem às da murta.