09/05/2006

Quinta da China I

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Imagens: Google Maps - Porto Portugal ; Carte Topographique des Lignes d'Oporto (ca 1833) - clique para aumentar
Ver também Planta do Porto [e arredores] (18--) BND

«Do séc. XVIII são também as obras de terraceamento, ajardinamento e decoração arquitectónica realizadas nas quintas da China e das .Virtudes. Nestas quintas avulta mais o extraordinário esforço dispendido na construção plástica desse enorme volume de alvenarias. Em todo o caso representam um meritório esforço de humanização e utilização de ásperas escarpas, por vezes rochosas, e contem no seu recheio elementos decorativos de interess artístico. O engenho e recursos económicos dos realizadores de Isora Bella teriam feito destas cascatas de terraços um grandiosos monumento de arte paisagista. As duas quintas estão também mais ou menos degradadas e ameaçadas. » Ilídio de Araújo, in Jardins, parques e quintas de recreio no aro do Porto (Porto, 1979) , p. 9

Avenida Paiva Couceiro- marginal do Douro- em primeiro plano urbanização e edifícios da Mota-Engil

«A crónica e continuada falta de "responsáveis" responsabilizáveis pelo desenvolvimento ordenado da cidade, fez com que esses elementos do seu património cultural em vez de serem nelas convenientemente integrados, tenham antes vindo a ser por elas sistematicamente destruídos; e ao procurarmos explicar este fenónemo chegamos frequentemente à conclusão de que ele se deve à falta de técnicos qualificados em certos sectores-chave, falta essa explicada pela inexistência (ou insuficiência) nas nossas Universidades de cursos que formem técnicos devidamente habilitados nos domínios do Urbanismo, da Arquitectura Paisagista e do Ordenamento do Território. Porque esses cursos não existem ou são insuficientes, e porque os técnicos com essas qualificações são poucos, as decisões sobre aquelas matérias são normalmente tomadas com bases em pareceres de técnicos ou "administrativos" que sobre elas não têm não podem emitir senão pareceres muito sectorizados, necessariamente incorrectos, e frequentemente disparatados....» Ilídio de Araújo, id. p.17

Sobre o projectado empreendimento da Quinta da China e as suas implicações pouco ou nada sei dizer, mas aqui fica a minha contribuição com algumas imagens e textos acerca do local (ver o que sobre o assunto se escreveu na Baixa do Porto, até agora) .
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1 comentário :

antónio m p disse...

Eu também sei apenas que nasci lá em Fevereiro de 1949... E que procuro toda a informação disponível que abranja aquela época. Obrigado por se interessarem pelo meu Belém.