Calados, a vassourar
Acer negundo - Serralves
Visto de baixo, o arvoredo
é renda verde de luar,
desmanchada ao vento crespo
que à noite regressa ao mar.
Vão passando os varredores;
vão passando e vão varrendo
a terra, a lembrança, o tempo.
E, de momento em momento,
varrem seu próprio passar...
Cecília Meireles, in Mar absoluto e outros poemas (1945)
2 comentários :
Que bela poesia, perfeitamente enquadrada na beleza e luminosidade do Jardim de Serralves. Imagino a magia do momento!
asnunes
Lindo, o grupo, o sussurro, o caminho de ramos pendentes que nos saúdam. Eu tenho um, aqui à janela. Há mais de 30 anos. Chamo-lhe "a minha árvore" porque ela me adormece os sons e me acompanha, me varre ainda, dia e noite. Quem me ensinou o nome foi a M. Abçs
Enviar um comentário