Buganvílias
Em cima- uma das buganvílias do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga
Em baixo- exemplar de cor pouco comum, na Rua Vieira Portuense,em Lisboa
Fotos © manueladlramos
O nome desta viçosa trepadeira deve-se ao explorador e naturalista francês Philibert Commerson (1727-1773) > que, em 1766, embarca -com a sua companheira Jeanne Barret disfarçada de criado- na viagem de circum-navegação comandada por Louis Antoine de Bougainville > .
Sobre Commerson, o modo como partilhava as novíssimas plantas que ia encontrando e o baptismo da buganvília, Lucille Alorge > e Olivier Ikor escrevem no livro La fabuleuse odyssée des plantes (2003):
«Toute l'humanité du personnage, sa générosité, son désir fervent de faire partager aux autres sa passion pour sa science se lisent dans la manière, on pourrait dire "dans le style", de Commerson herborisant. De ses récoltes il fait systématiquement plusieurs parts de chaque plante. jusqu'à vingt, afin de les distribuer non seulement au Jardin du Roi, mais aussi à tous les grands herbiers européens. Ces plantes il ne les nomme pas au hasard des hommages obligés à faire aux membres de l'expédition, aux ministres ou à ses amis, mais en cherchant des correspndences poétiques ou amusantes entre le végétal découvert et la personnalité de son dédicataire. Ainsi cet arbrisseau sarmenteux grimpant, à feuilles persistantes découvert aux environs de Rio qui pousse à plusieurs mètres de haut et de large pour éclater en une masse de fleurs d'un violet délicat ou d'un intense carmin ne pouvait que convenir aux caractère chaleureux mais tenace, plein de panache mais aussi de finesse du chef de l'éxpédition. Commerson, par ce trait de génie, avait lié dans un même destin le marin des Lumières et la plus lumineuse des plantes ornamentales, la bougainvillée (Bougainvillea spectabilis). Bougainville ne s'y trompa pas et quand, de retour en France, on lui demanda quelle trace il voulait laisser dans l'Histoire, il répondit joyeusement: "Eh bien! Je mets l'espoir de ma renommée dans une fleur."» (p.355)
6 comentários :
MARAVILHOSAS, POR AQUI CONHEÇO ESSA ARVORE COM NOME DE TRES MARIAS, É MESMO BELISSIMA, E ESSAS FOLHINHAS COLORIDAS FAZEM TODA A DIFERENÇA
DE CRIANÇA, COLHIA MUITAS PARA PRESENTEAR MINHA MÃE, APESAR DOS ESPINHOS
BOM DOMINGO
A Bouganvillea spectabilis é oriunda do Brasil e foi descoberta por um francês, por isso seu nome.
É conhecida também como primavera, três marias, flor-de-papel e ceboleira.
Fiz um post mostrando essa flor, no dia do início da primavera passada:
http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/2008/09/queijos-e-lembranas.html
Bjs.
Magníficas buganvílias, que irrompem de cor no nosso olhar...
Lindas, todas! Tenho uma em fúchsia, gigantesca, imensa, maravilhosa. Só é pena aqueles espinhos dolorosos. De resto, é de um viço espectacular.
Que espectáculo essa buganvília no santuário do Bom Jesus. No Algarve são muito utilizadas nos jardins e há amarelas, brancas, vermelhas, rosas, sei lá quantas cores.
Alguém sabe me explicar porque se deu o caso tão feliz de as estradas antigas terem sido quase sempre bordejadas por árvores muito diversas? Quem tomou essa decisão? E porquê?
É um bom e muito "ecológico" legado que nem sempre é respeitado ou cuidado. Quando algumas dessas árvores morrem simplesmente já não existe quem as substitua. Gostava de integrar um movimento que ajudasse a plantar árvores à borda das estradas e que tivesse autorização para isso.
Só para terem uma ideia do bonito que é uma estrada antiga vou colocar uma foto no meu blogue
http://zanucki.blogspot.com/
Uma maravilha como essa só poderia estar em Bracara Augusta, minha querida Braga, cidade de sonho, de saudade imensa, de flores e cores sem fim, ai de mim!
Apreciei o gracioso texto, a referência ao livro e essa curiosidade sobre a origem brasileira das belas e magníficas buganvílias em flor.
Parabéns. Eu adoro DIAS COM ÁRVORES!
Maria Angélica Alves
Rio de Janeiro
Brasil
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