18/12/2004

Árvores do Jardim do Carregal #5


Foto: pva 0411 - Carregal - Sequoia sempervirens

Além da sequóia-gigante (Sequoiadedron giganteum) de que falámos anteriormente, o Jardim do Carregal possui quase duas dezenas de exemplares de outra espécie aparentada: a sequóia-sempre-verde (Sequoia sempervirens). Estas duas árvores da família Taxodiaceae são originárias da Califórnia e destacam-se ambas pelas dimensões recordistas que atingem nos seus territórios de origem: a sequóia-gigante é a árvore mais volumosa que se conhece, e a sequóia-sempre-verde é a mais alta. A actual detentora do título de árvore mais alta mede 112 metros e mora na Reserva Estadual de Montgomery, na Califórnia; conforme aqui se conta, a sua identificação exacta é mantida tanto quanto possível em segredo, não vá o afluxo descontrolado de turistas danificar a árvore e perturbar o equilíbrio do seu habitat.

Tirando a semelhança dos troncos (avermelhados, fibrosos, profundamente sulcados) e a forma piramidal que ambas exibem, estas duas espécies de sequóias são marcadamente distintas: as ramadas da sequóia-gigante curvam para cima, as da sequóia-sempre-verde são pendentes; e as folhas desta última são semelhantes às do teixo, distribuindo-se ao longo dos raminhos em dois renques paralelos e opostos.

Ao contrário da sua conterrânea, a Sequoia sempervirens aclimatou-se bem ao nosso país e é frequente encontrá-la em parques e jardins. Os exemplares no Jardim do Carregal não se distinguem pela imponência: são árvores mirradas, vegetando em condições que lhes são desfavoráveis. Noutros locais do Porto (por exemplo no Jardim Botânico e no Parque de Serralves) encontram-se sequóias com melhor desenvolvimento; mas, saindo da cidade, há por cá vários locais onde elas vão fazendo algum jus à sua fama: na Mata do Buçaco (onde Ernesto Goes assinalou em 1984 a que lhe pareceu ser a maior do país, então com 45 m de altura), no Parque das Termas de Vizela (com numerosas árvores adultas a disputar o título à do Buçaco) e no Parque da Pena, em Sintra.

Anteriores na mesma série: #1, #2, #3, #4

1 comentário :

Anónimo disse...

Aqui respira-se!

hfm
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