19/05/2007

Uma flor tranquila



Hypericum perforatum, jardins do Palácio de Cristal

Este hipericão, da espécie Hypericum perforatum, parece ter sido costurado à pressa: as flores têm pétalas ligeiramente assimétricas, e ainda guardam alinhavos e um debrum a margeá-las para que não desfiem; nas folhas, opostas, sésseis e com veio central proeminente, são nítidos uns quase-furinhos, resultado de uso descuidado de alfinetes.

Uns e outros são de facto glândulas e constituem a característica mais útil na identificação desta planta. Quando pressionadas, libertam um óleo avermelhado que se julga conter o princípio activo usado em outros tempos para curar quase tudo, e que tem hoje presença obrigatória em anti-depressivos naturais.

Espontânea na Europa, esta herbácea é uma praga em solo americano.

3 comentários :

Paulo disse...

Vi uma flor igual, mas mais a Sul, no Alentejo, e tinha dúvidas se seria este hipericão. Parece que é mesmo. Obrigado.

Anónimo disse...

Se todos os botânicos fossem poetas, esta seria uma ciência ainda mais bonita.

Paúl dos Patudos disse...

Que engraçado, fotografei uma flor igual junto á casa da minha mãe aqui em Alpiarça/Ribatejo, mas desconhecia o seu nome.
Sabe, gosto muito de vir aqui passear, pois respira-se ar puro, adoro.
abraço