Cerejeira-preta
Prunus serotina nas margens do Tâmega
Além dos plátanos, choupos, freixos, salgueiros, amieiros e de uma ameaçadora população de mimosas, as margens do Tâmega em Amarante acolhem algumas árvores exóticas invulgares, plantadas talvez pelos serviços do Parque Florestal: encontramos lá um Taxodium distichum com um pé mergulhado na água; uma Maclura pomifera; e uma Prunus serotina, espécie de cerejeira tão incomum entre nós que nem é mencionada no livro Portugal Botânico de A a Z. Originária do oeste do Canadá e dos EUA, onde é conhecida como black cherry (cerejeira-preta em tradução literal), é uma árvore de porte respeitável se comparada com a maioria das suas congéneres, atingindo alturas de 30 m. Tal como as europeias P. lauroceraus e P. lusitanica, as flores da P. serotina aparecem em cachos, que no seu caso são pendentes; mas, dessas três espécies, só a Prunus serotina é de folhagem caduca. A sua floração não é vistosa, pois só surge depois das folhas, ao invés do que sucede com as espécies do género Prunus mais ornamentais. Os seus frutos são comestíveis mas adstringentes, e a sua madeira, forte e de um bonito tom vermelho-acastanhado, é muito valorizada em marcenaria.
3 comentários :
Vi nos jardins públicos do Marco de Canaveses uma frondosa árvore exótica bem preservada, pois tem vários apoios aos seus ramos laterais. Poder-me-ão dizer o nome da espécie já que dos serviços da CMM não obtive resposta.
Grato pelo incómodo, António Gonçalves
Viva. Tive hoje conhecimento deste blog. Parabéns pelo trabalho. Morando eu perto da Quinta do Covelo, Paranhos, Porto, e tendo esta uma enorme variedade de árvores que não consigo identificar, de que maneira vos posso pedir ajuda? Atentamente. Francisco. francisco@pontoporponto.com
Podem enviar, para o endereço dias-com-arvores(at)sapo.pt, fotos em que se vejam as árvores de corpo inteiro e outras que mostrem bem o formato das folhas (e, se possível, também das flores). Não garantimos uma resposta pronta, mas faremos o que for possível.
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