Deste leite não beberei
Para não nos acusarem de só ligarmos às plantas raras, aqui fica, depois de termos apresentado um endemismo ibérico, uma Polygala que ocorre em toda a Europa. Ou, para sermos rigorosos, em quase toda a Europa: a excepção é a Islândia, ilha inóspita onde praticamente só há vulcões. (Há umas semanas toda a gente começou a dissertar sobre a vulcanologia no Atlântico Norte. Nós teríamos feito o mesmo se não nos constrangesse o estreito âmbito temático do blogue.)
A Polygala vulgaris ocupa habitats variados (prados, terrenos incultos, matagais, bosques) de norte a sul do continente português, estando apenas ausente do interior alentejano e algarvio. É uma planta de base lenhosa, geralmente prostrada mas por vezes erecta, que floresce de Março a Julho. As flores, cor-de-rosa ou azuis e dispostas em espiga, são diminutas, de 6 a 8 mm de comprimento, exibem duas sépalas laterais em forma de asa, e têm o lábio inferior da corola rematado por uma franja.
Polygala, palavra de raiz grega, significa muito leite, e essa mesma secreção reaparece nos diversos nomes vernáculos da planta: erva-leiteira em português, milkwort em inglês, laitier ou herbe au lait em francês. Não que a planta em si forneça leite, mas considerava-se na antiguidade que as mães a quem a planta fosse administrada dariam mais e melhor leite.
1 comentário :
Pois eu também não!
Luz
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