Estrela de Belém
Título muito natalício este e muito fora de época, mas a planta foi assim baptizada. Quando chega o fim do ano já ela está em hibernação há muito, por isso esta é boa altura para lhe prestarmos atenção.
Umas seis das oitenta espécies de Ornithogalum são espontâneas em Portugal. Esta parece não o ser, embora, curiosamente, apareça em Espanha mesmo junto à fronteira nordeste portuguesa. Talvez o Douro internacional seja barreira intransponível, e não haja vento capaz de empurrar as sementes para o lado de cá. Ainda assim é estranho, pois o Ornithogalum umbellatum é conhecido por não respeitar sequer os limites dos continentes, ocorrendo em toda a Europa, e ainda no Médio Oriente e no Norte de África.
Como todas as plantas da sua família, a estrela-de-Belém é uma planta bolbosa. Isso significa que passa boa parte da sua vida enterrada, reduzida a uma «cebolinha», reaparecendo todos os anos como se fosse uma planta nova. Surgem primeiro as folhas — lineares, sulcadas, marcadas longitudinalmente por um veio prateado — que começam a secar, já a Primavera vai adiantada, quando são hasteados os cachos floridos. As flores são brancas, com bandas verdes no verso das pétalas, e os seis estames brancos, encimados por anteras amarelas, apresentam a forma triangular que é característica do género Ornithogalum.
2 comentários :
Tão linda!
Fico a imaginá-la com os cachos floridos de branco, e verde e amarelo, nas pétalas e estames, a desafiar o Douro, atrair o vento, espalhar as sementes e despertar, ainda mais, a nossa atenção, em franco encantamento.
Maravilha, uma flor explendorosa!!! e que fotos! Lindissimas! Bjs Marli
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