Colar de roscas
Illecebrum verticillatum L.
Parece um Sedum, por causa do hábito rastejante e do formato das flores, mas esta herbácea anual está, de facto, próxima do género Paronychia. Há cerca de vinte espécies de Illecebrum — designação que deriva do latim illecebrosus, que significa atraente, encantador — mas só uma europeia, que ocorre em todas as províncias portuguesas e também em parte do Mediterrâneo, norte de África e Macaronésia.
Reconhece-se facilmente entre as muitas plantas que se abeiram da água pelos ramos quadrangulares avermelhados, que se estendem até 60 cm de comprimento enquanto se enraízam pelos nós, ao longo dos quais nascem volutas de flores e folhas (em rigor, não são verticilos, mas o dicionário pode emendar a mão para esta planta merecer o epíteto verticillatum), num arranjo que justifica a elegante designação coral necklace.
As folhas são opostas, inteiras e obovais (lembram metades de ovo cozido?), com aproximadamente 3 mm de comprimento; as flores são menores, dispõem-se em grupos de 4 a 6 e têm sépalas brancas (ou rosadas) e esponjosas, cada uma com uma cerda na ponta (será por isso que o povo lhe chama aranhão?), que persistem no fruto.
Aprecia pastos húmidos ou margens de lagos, e floresce oficialmente entre Fevereiro e Setembro, embora a tenhamos visto florida neste fim de semana no Minho.
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