Douro, branco ou tinto
Doiro, rio e região, é certamente a realidade mais séria que temos. Nenhum outro caudal nosso corre em leito mais duro, encontra obstáculos mais encarniçados, peleja mais arduamente em todo o caminho; nenhuma outra nesga de terra nossa possui mortórios tão vastos, tão estéreis e tão malditos. (...) Patético, o estreito território de angústia, cingido à sua artéria de irrigação, atravessa o país de lado a lado. E é, no mapa da pequenez que nos coube, a única evidência incomensurável com que podemos assombrar o mundo. Miguel Torga, 1950
Anacamptis morio subsp. picta (Loisel.) P. Jacquet & Scappaticci (variedade alba)
Descoberta de Duarte Victorino Marques.
Descoberta de Duarte Victorino Marques.
Estas são algumas das orquídeas que observámos em Maio durante uma expedição ao Douro organizada pela AOSP — Associação de Orquídeas Silvestres — Portugal. Atente o leitor às legendas para saber mais sobre cada planta.
Serapias perez-chiscanoi Acedo
Nova espécie para a flora do Douro.
População encontrada por Luísa Borges e Joaquim Pessoa.
Nova espécie para a flora do Douro.
População encontrada por Luísa Borges e Joaquim Pessoa.
Orchis ustulata L. [= Neotinea ustulata (L.) R. M. Bateman, Pridgeon & M. W. Chase]
Nova espécie para a flora portuguesa.
Sete plantas localizadas em 2010 por José Monteiro.
Nova espécie para a flora portuguesa.
Sete plantas localizadas em 2010 por José Monteiro.
7 comentários :
Que inveja !!! Cumprimentos aqui da Arrábida ! antonio.branco3@sapo.pt
www.flores.fotosblogue.com
Cumprimentos também daqui de cima. A Arrábida, em orquídeas, está muito mais bem servida que o Douro. Para nós, infelizmente, é um bocadinho fora de mão.
Plantas boníssimas!!
Que maravilha!!
Parabéns pelo excelente post!!
Que surpresa, Orchis ustulata em Portugal! Excelente! Uma planta de prados de montanha no vale do Douro! O descobridor que não se esqueça de publicar uma nota florística, uma foto num blogue não chega.
Pois é, convinha que a descoberta fosse oficializada. Só uma nota: o local onde a Orchis ustulata foi descoberta, embora seja no Douro (concelho de São João da Pesqueira), fica a alguns quilómetros do rio, a uma altitude superior a 700 m, o que já parece estar de acordo com a ecologia da espécie. É um bom desafio para quem tenha tempo procurar a planta noutros cumes da região. Afinal, para chegar de Espanha até lá ela deverá ter cumprido algumas etapas intermédias.
A 700m de altitude já está no andar do Q. pyrenaica. De qualquer modo trata-se de uma disjunção surpreendente. É que mais a norte, em Trás-os-Montes, existem prados com solos neutros onde a espécie nunca foi detectada. Há que procurar melhor.
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