06/01/2005
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A árvore do Jardim do Carregal que planeávamos referir hoje foi abatida esta semana pelos construtores do túnel rodoviário. Era uma magnólia de flor branca de belo porte, prestes a florir.
Anteriores na mesma série: #1, #2, #3, #4, #5
Publicada por Maria Carvalho em 6.1.05
Etiquetas: Jardim do Carregal , Porto
2 comentários :
O Jardim da Praça da República era há poucos anos bordejado por uma linha contínua de tílias de grande porte, com excepção de uma outra árvore mais nova, que tinha vindo substituir um ou outro exemplar derrubado por temporais.
Hoje o jardim é uma amostra do que foi. Ano após ano, as tílias têm vindo a ser abatidas. Sei que estas árvores têm raízes pouco profundas e que por vezes são derrubadas pelo vento em dias de temporal, mas será razão suficiente para as eliminar? Porque é de eliminação que se trata, lenta mas contínua e eficaz. Naquela praça começou ainda com a anterior vereação camarária, que de uma só vez procedeu ao abate de seis frondosas tílias, que há muitas dezenas de anos ornamentavam o separador rodoviário sul. Hoje ao passar naquele local dei conta do abate de mais uma série de árvores. Porquê? Para protecção desse objecto de ostentação, efémero e desprezível a que chamam automóvel.
Tem toda a razão, Carlos: cada vez mais as árvores frondosas que no Porto pontuavam praças e ruas vão sendo dizimadas, seja por motivo de obras conduzidas de forma inconsciente, seja por razões fitossanitárias (que até são compreensíveis, mas deveriam ser avaliadas por entidades independentes da Câmara). É impossível alegrarmo-nos com as novas árvores que vão sendo plantadas: primeiro, porque nos lembramos das antigas; segundo, porque adivinhamos que a sua vida não será fácil nem longa. Viria bem a propósito delas aquela desastrada historieta do nosso Primeiro sobre o bebé na incubadora.
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