Azul na terra como no céu
Perhaps the finest flower of Northern Portugal and the neighbouring part of Spain, which hangs from the shady banks and is literally covered with blue flowers in myriads. P. L. Giuseppi, Portugal and its Plants, Bull. Alp. Gard. Soc. 14, 1946 (transcrito de Polunin & Smythies, Flowers of South-West Europe, Oxford University Press, 1997)
Convictos de que este ano o mundo está a funcionar normalmente — se dúvidas houvesse, bastar-nos-ia esta chuva inesgotável, entre outros tormentos mais civilizados, para as dissipar —, aceitámos resignados o formato simplificado das flores desta Polygala, sem o ápice fimbriado que é usual no género. Afinal não é defeito, a espécie é celebrada e esse detalhe até ajudou a identificá-la.
É uma herbácea vivaz baixinha (não mais de 10 cm de altura; as sépalas em asa não excedem 1 cm) que vive em rochedos e bosques ensombrados por sobreiros ou pinheiros do norte de Portugal. As folhas, pequenas e lineares, pouco duram, deixando as flores hermafroditas sozinhas em palco entre Fevereiro e Junho.
Das cerca de quinhentas espécies de Polygala, dezassete são europeias e, delas, apenas seis escolheram a Península Ibérica como casa. A das fotos, rara, talvez esteja a mudar de endereço.
2 comentários :
Linda, de um azul sem igual!
Luz
Não há jardim mais belo do que o da Natureza!
Enviar um comentário